O governador do Amazonas, Wilson Lima, esteve hoje, 2, no estúdio da Onda Digital e foi entrevistado no programa Meio Dia com Jefferson Coronel. Na entrevista, ele discutiu sobre reforma tributária que está sendo elaborada pelo governo Lula, seu relacionamento com o Governo Federal e também sobre conservação da Amazônia.
Sobre reforma tributária:
“Temos que ter parceiros pra entrar nessa briga, como o Fórum dos Governadores. É preciso ter concordância dos 27 governadores na reforma tributária, e nossa equipe técnica vai fazer essa intervenção. Tenho ajuda também do meu partido União Brasil, que tem peso com seus 9 senadores. O Republicanos também já afiançou compromisso de ajudar nessa batalha.
Já tive 2 conversas com Alckmin sobre essa preocupação. Pauderney Avelino, nosso secretário de Desenvolvimento Econômico, também teve essas conversas com ele. Não sinto tranquilidade quando alguém diz que não vai fazer mudança sem falar com o AM. Sempre fico com o pé atrás. Ora, fim do IPI fere de morte a ZFM, num caso desses não tem conversa, é preciso recorrer à justiça. Nossos interesses precisam ser preservados. E é preciso compreender que a tributação no país é cheia de puxadinhos, o que vale pro AM não pode valer para SP ou vice-versa”.
Leia mais:
Aleam retoma trabalhos com posses e composição da mesa diretora
TCE-AM define relatoria das contas de Wilson Lima e David Almeida para 2023
Sobre seu relacionamento com o governo Lula:
“Sou o governador do AM, mas não sou político com ideologia. Preciso ser pragmático, conversar com o governo federal seja de qual partido seja. Minha missão é melhorar a vida de quem mora aqui. Tenho meus posicionamentos, e todo mundo sabe. Mas minha relação é muito boa com a maioria dos ministros desse novo governo. Não vejo dificuldades de ir construindo relação com o Governo Federal. Mas a ZFM é questão prioritária, assim como questão de fronteira, que tem impacto direto na segurança do cidadão de quem mora no estado”.
Nessa questão, ele fez questão de ressaltar a importância da BR-319:
“O Governo Federal perguntou as nossas prioridades, e dela não abrimos mão, ela é a redenção do povo do AM. Quantos já não prometeram a BR-319? E o que aconteceu? Só aquele lote no último governo. Temos que confiar nas pessoas, não tem outro jeito pra nós aqui no AM, e continuar lutando para que a gente tenha a BR. Então, não podemos prescindir do governo federal”.
A respeito de um fundo compensatório para o Amazonas em caso de uma reforma tributária prejudicar a arrecadação do estado:
“Uma das propostas da reforma é compensação, um fundo para o estado. Mas isso não compensa a perda dos empregos. Não sou totalmente contra a proposta de um fundo, mas os empregos têm que ser mantidos”.
E sobre conservação da Amazônia e novas matrizes econômicas, Lima declarou:
“O AM tem a legislação ambiental mais pesada do planeta. Temos a responsabilidade de provar pro mundo que é possível ter um desenvolvimento sustentável. A gente tem o direito de sobreviver. Muito se falou de outras matrizes econômicas, que defendo: gás natural, que hoje é uma realidade; biotecnologia e turismo. Temos a questão também do potássio. É fácil um cara na Europa falar que protege a Amazônia, estabelecer sanção para não comprar mais carne nossa porque a floresta está sendo devastada. É muito covarde esse tipo de discurso. CNN, Times, classificaram a alguns meses a Amazônia em chamas, como se todo mundo aqui fosse devastador. Quem tá fora do AM constrói essa narrativa de que tudo aqui precisa ficar intocado. E ninguém protege a Amazônia como a gente protege. Alguém conserva melhor do que o caboclo que trabalha junto com os projetos de conservação que temos aqui? Precisamos ter um reconhecimento por isso”.
A entrevista completa do governador Wilson Lima pode ser assistida aqui.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, esteve hoje, 2, no estúdio da Onda Digital e foi entrevistado no programa Meio Dia com Jefferson Coronel. Na entrevista, ele discutiu sobre reforma tributária que está sendo elaborada pelo governo Lula, seu relacionamento com o Governo Federal e também sobre conservação da Amazônia.
Sobre reforma tributária:
“Temos que ter parceiros pra entrar nessa briga, como o Fórum dos Governadores. É preciso ter concordância dos 27 governadores na reforma tributária, e nossa equipe técnica vai fazer essa intervenção. Tenho ajuda também do meu partido União Brasil, que tem peso com seus 9 senadores. O Republicanos também já afiançou compromisso de ajudar nessa batalha.
Já tive 2 conversas com Alckmin sobre essa preocupação. Pauderney Avelino, nosso secretário de Desenvolvimento Econômico, também teve essas conversas com ele. Não sinto tranquilidade quando alguém diz que não vai fazer mudança sem falar com o AM. Sempre fico com o pé atrás. Ora, fim do IPI fere de morte a ZFM, num caso desses não tem conversa, é preciso recorrer à justiça. Nossos interesses precisam ser preservados. E é preciso compreender que a tributação no país é cheia de puxadinhos, o que vale pro AM não pode valer para SP ou vice-versa”.
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Sobre seu relacionamento com o governo Lula:
“Sou o governador do AM, mas não sou político com ideologia. Preciso ser pragmático, conversar com o governo federal seja de qual partido seja. Minha missão é melhorar a vida de quem mora aqui. Tenho meus posicionamentos, e todo mundo sabe. Mas minha relação é muito boa com a maioria dos ministros desse novo governo. Não vejo dificuldades de ir construindo relação com o Governo Federal. Mas a ZFM é questão prioritária, assim como questão de fronteira, que tem impacto direto na segurança do cidadão de quem mora no estado”.
Nessa questão, ele fez questão de ressaltar a importância da BR-319:
“O Governo Federal perguntou as nossas prioridades, e dela não abrimos mão, ela é a redenção do povo do AM. Quantos já não prometeram a BR-319? E o que aconteceu? Só aquele lote no último governo. Temos que confiar nas pessoas, não tem outro jeito pra nós aqui no AM, e continuar lutando para que a gente tenha a BR. Então, não podemos prescindir do governo federal”.
A respeito de um fundo compensatório para o Amazonas em caso de uma reforma tributária prejudicar a arrecadação do estado:
“Uma das propostas da reforma é compensação, um fundo para o estado. Mas isso não compensa a perda dos empregos. Não sou totalmente contra a proposta de um fundo, mas os empregos têm que ser mantidos”.
E sobre conservação da Amazônia e novas matrizes econômicas, Lima declarou:
“O AM tem a legislação ambiental mais pesada do planeta. Temos a responsabilidade de provar pro mundo que é possível ter um desenvolvimento sustentável. A gente tem o direito de sobreviver. Muito se falou de outras matrizes econômicas, que defendo: gás natural, que hoje é uma realidade; biotecnologia e turismo. Temos a questão também do potássio. É fácil um cara na Europa falar que protege a Amazônia, estabelecer sanção para não comprar mais carne nossa porque a floresta está sendo devastada. É muito covarde esse tipo de discurso. CNN, Times, classificaram a alguns meses a Amazônia em chamas, como se todo mundo aqui fosse devastador. Quem tá fora do AM constrói essa narrativa de que tudo aqui precisa ficar intocado. E ninguém protege a Amazônia como a gente protege. Alguém conserva melhor do que o caboclo que trabalha junto com os projetos de conservação que temos aqui? Precisamos ter um reconhecimento por isso”.
A entrevista completa do governador Wilson Lima pode ser assistida aqui.
