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VÍDEO: Parlamentares do PSol protestam em SP contra PL do aborto caracterizadas como na série “O Conto da Aia”

Parlamentares se vestiram das personagens da série, que mostra uma distopia no qual mulheres não têm direitos e servem para reprodução.

Um grupo de parlamentares se caracterizou como as personagens da série “O Conto da Aia” (The Handmaid’s Tale) e protestou na porta da sede do Partido Liberal (PL) em São Paulo, na manhã desta quinta-feira (20/6), contra o Projeto de Lei 1904/2024, o “PL do aborto”. O polêmico projeto, proposto por deputado da legenda no Congresso Nacional, equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao homicídio, inclusive em casos de estupro.

Veja abaixo:


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As mulheres compõem mandatos coletivos da Bancada Feminista do PSol na Assembleia Legislativa (Alesp) e na Câmara Municipal da capital e pedem o arquivamento do projeto. Elas gritaram palavras de ordem contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e fizeram referências a trechos da série, que mostra um futuro distópico no qual parte dos Estados Unidos foi dominado por fundamentalistas cristãos que obrigam mulheres a ter filhos resultantes de estupros.

Na série, as personagens roupas que usam simbolizam a submissão do corpo feminino: o traje vermelho vivo indica que aquelas mulheres, chamadas de “aias”, são usadas para a reprodução sexual. Já o chapéu branco com abas laterais restringe a visão das personagens, indicando que elas não podem desviar de suas tarefas enquanto seres reprodutivos.

A série é baseada no livro da autora Margaret Atwood, e atualmente pode ser assistida no Brasil nos streamings do Star + e Paramount +.

O autor do projeto é o deputado e pastor Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que defende que a proposta combate a assistolia fetal — procedimento médico utilizado em abortos de gravidez tardia, classificado pelo deputado como “um crime bárbaro”. Segundo o texto do projeto, ficaria estabelecida uma pena de homicídio simples às mulheres que abortarem após 22 semanas de gestação que seria maior do que a de condenados por estupro.

O projeto foi declarado inconstitucional pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e despertou polêmica desde que o Congresso aprovou sua votação em regime de urgência. Devido à repercussão, Lira já se pronunciou publicamente indicando que ele não deverá ser votado imediatamente, e alguns dentro da Câmara já suspeitam que ele possa ser arquivado.

*Com informações de Metrópoles
Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.
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