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Vice de Mandel, advogada Nancy Segadilha diz que falta sororidade na política

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Pré-candidata a vice-prefeita de Manaus, a advogada Nancy Segadilha (Cidadania), em entrevista ao programa Meio Dia com Jefferson Coronel, da Rede Onda Digital, criticou a falta de sororidade na política e como sofre discriminação por ser cadeirante.

A entrevista ocorreu nesta segunda-feira (5/08) e seis dias após ser anunciada na convenção partidária como vice na chapa de Amom Mandel (Cidadania) ao Poder Executivo da capital amazonense.

“É difícil para nós mulheres a política. Ainda é um meio muito machista e nós que somos advogadas sabemos, sentimos isso na pele. Eu também percebo uma coisa: que mulher não vota mulher. Infelizmente!”, disse Segadilha, que estava acompanhada no estúdio das também advogadas Rafaela Torres (Progressistas) e Denise Coelho (PSD), ambas pré-candidatas a vereadoras à Câmara Municipal de Manaus (CMM).

Tetraplégica aos 21 anos depois de sofrer um acidente de carro, em 2005, Nancy Segadilha disse que é vista como incapaz [capacitismo] por opositores devido à condição física como Pessoa com Deficiência (PcD). Ela afirmou que não será uma cadeira de rodas que impedirá de “fazer uma ótima gestão” na Prefeitura de Manaus se for eleita, em outubro.

“Eu sou uma Pessoa com Deficiência e querem me reduzir, me definir pela minha deficiência. Então, hoje estou aqui para dizer que não tenho nenhuma limitação intelectual. A minha limitação é apenas física. Se eu saltei de paraquedas, não vai ser uma cadeira de rodas que vai me impedir de fazer uma ótima gestão juntamente com o Amom”, afirmou Nancy Segadilha.

Segadilha também rebateu a ideia de que mulheres que integram os Poderes Legislativo e Executivo apoiam somente pautas em comum ou que pertencem ao mesmo grupo político delas. Para ela, a representatividade dos políticos é independente de gênero e deve ser em favor do coletivo. Ela prometeu lançar o plano de gestão da campanha na próxima semana.

“A nossa gestão, a minha com o Amom é voltada para as pessoas. Não só para as mulheres, eu não represento só as mulheres. Eu trago todos aqueles que são invisíveis em uma sociedade: a Pessoa com Deficiência, a mãe solo, a comunidade LGBTQIAPN+, a pessoa preta, a pessoa indígena”, explicou a advogada.


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Na primeira vez que disputou o processo eleitoral, em 2020, na época como candidata a vereadora, Segadilha verificou que as causas em defesa dos PcDs seriam uma bandeira de luta na política. A falta de acessibilidade de Manaus a incomodou bastante e em uma possível gestão no Poder Executivo implantará a inclusão de forma efetiva.

“Foi o maior desafio fazer uma campanha numa cidade completamente inacessível. Chegava nas comunidades e nos bairros, eu tinha que ser carregada o tempo todo para poder conversar com a população e saber as demandas maiores. Como vice-prefeita, a gente tem o principal que seria criar a secretaria municipal da Pessoa com Deficiência porque vai transversalizar com todos os setores municipais da nossa gestão: mobilidade urbana, saúde, segurança e educação. Educação, principalmente. Temos crianças [PcD] no ensino regular sem mediadores. Muito difícil para o ensino acontecer”, disse Nancy.

A advogada também relembrou que a chapa com Amom Mandel é a primeira considerada inclusiva do Brasil.

“Muita gente fala que é marketing, mas não. Não serei uma vice decorativa. Participo de tudo juntamente com o Amom [Mandel]. Nós construímos esse caminhar”, disse Segadilha.

Sobre a falta de experiência na política dela e de Amom Mandel, que começou na vida pública aos 19 anos como vereador de Manaus, em 2021, Segadilha afirmou:

“Quem não conhece o Amom, não tem ideia de como ele é incrível. Ele é gênio. Ele é fora da curva. E essa questão dele ser jovem, eu acho que não é impedimento nenhum neste sentido. Ele foi vereador e teve uma execução muito boa, um trabalho incrível com a transparência e a ouvidoria [da CMM]. Sendo deputado federal, é o deputado mais econômico […] Eu sei que as pessoas estão me julgando nessa questão da minha competência [como gestora]. Eu já tive dentro [da função] de gestora, dentro da antiga Seped (Secretaria de Estado da Pessoa com Deficiência, extinta em 2019] e da Sejusc (Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania). Tenho experiência com gestão pública e eu acredito que isso não será impedimento nenhum porque estamos com uma equipe especializada […] Nós estamos completamente preparados”, reforçou Segadilha.

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