Hoje, 5 de maio, é o Dia Mundial do Trânsito e da Cortesia ao Volante. A data frisa a atenção ao respeitar os limites de velocidade e as prioridades, ceder a passagem, dar sinais de mudança de trajetória, entre outros comportamentos. Nesta segunda-feira (5/5), os vereadores da Câmara de Manaus (CMM) usaram a tribuna para alertar os perigos que os corredores de rua sofrem com acidentes.
Na ocasião, os parlamentares frisaram a morte do Emanuel da Costa Fernandes, de 26 anos, que participava de sua primeira corrida de rua. Ele e outros quatro corredores foram atropelados por motorista embriagado na zona oeste de Manaus, em 1º de maio.
O primeiro a comentar sobre o tema, foi o vereador João Paulo Janjão (Agir), onde se solidarizou com familiares e amigos de Emanuel, e ele também, fez parte da manifestação na Ponta Negra, no domingo (4/5), onde reuniu mais de mil participantes.
“Poderia ter sido eu, meu irmão, que também corre, poderia ter sido várias pessoas do meu gabinete que começaram a correr por causa de mim, poderia ter sido alguns vereadores aqui desta casa, poderia ter sido qualquer pessoa que é corredor de rua. É por isso que nós, não podemos e não vamos deixar que isso passe em branco. Ainda mais da forma que foi, uma pessoa embriagada invadindo um espaço que não era para ela estar”, explicou o vereador.
Janjão apresentou dois Projetos de Lei e uma Indicação voltados à segurança dos corredores durante eventos esportivos na capital. O primeiro Projeto de Lei propõe que seja criada uma faixa exclusiva para os participantes, em todas as corridas de rua realizadas em Manaus.
Já o segundo, torna obrigatória a realização de blitzes nas imediações do evento, com pelo menos uma hora de antecedência, e a permanência de agentes e batedores durante todo o percurso, a fim de orientar motoristas e garantir a segurança dos atletas.
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Por sua vez, Coronel Rosses (PL) abraçou a causa do colega e pediu para que os demais vereadores busquem alternativas para levar mais segurança nas ruas da capital amazonense.
“É algo que se a gente não tomar uma providência imediata, drástica e enérgica, isso vai continuar porque a gente está falando sobre uma cultura de beber e dirigir que ainda não tivermos ações eficientes e efetivas que pudessem realmente corroborar com isso aí”, frisou o parlamentar que também citou a morte do personal trainer Talis Roque da Silva, de 31 anos, em um acidente de trânsito causado pela blogueira Rosa Tavares, de 25 anos.
Paulo Tyrone (PMB) alertou sobre a área restrita para os corredores realizarem as atividades.
“Nem sempre a área delimitada pelos agentes de trânsito são o suficiente para inibir eventuais invasões de motoristas alcoolizados exatamente como aconteceu na semana passada, conte com meu apoio para a aprovação desses dois projetos de lei. A gente, enquanto casa legislativa, pode propor e discutir junto com o IMMU e com o Departamento de Trânsito alternativas que promovam mais segurança aos corredores de rua”, declarou o parlamentar.
Diego Afonso (UP) relembrou do acidente da ex-vereadora Glória Carrate sofreu um acidente de trânsito na Ponta Negra enquanto pedalava.
“Pedalávamos por volta de 5h da manhã e ali passava uma pessoa alcoolizada e ela teve a colisão e fraturou o seu braço direito na época. Portanto, tudo que for feito, de forma positiva de coibir e principalmente, fortalecer a segurança desses atletas estarei junto”, disse.
“Gostaria de pedir as autoridades que em dias de corridas mesmo, intensificassem a fiscalização, fizesse blitz para essas pessoas que insistem em dirigir embriagados para colocar a vida das pessoas em risco”, pontuou o Jaildo Oliveira (PV).
O vereador Marcelo Serafim (PSD), cobrou ainda mais dos colegas ações e iniciativas para evitar novos acidentes.
“Nós que somos formadores de opinião a gente precisa, mais do que nunca, reverberar esse tipo de coisa para que bandidos como esses efetivamente sejam presos e paguem pelos seus crimes”, declarou.
“Quantas vidas já foram levadas e ceifadas de forma irresponsável de alguns cidadãos?”, questiona Marco Castilhos (UP).
Rodrigo de Sá (PP) priorizou a fiscalização e punição mais célere.
“A gente sabe que a legislação é frouxa, tem muita benevolência da legislação de trânsito, em alguns casos e casos como esses em que há combinação de álcool e morte no trânsito a gente não pode encarar isso como crime culposo, a gente tem que encarar isso no mínimo, como crime de dolo eventual”, disparou o vereador.