Nesta terça (30/4), aconteceu no Ministério de Portos e Aeroportos, em Brasília, a primeira reunião do grupo de trabalho que prevê a regulamentação do transporte de animais domésticos no Brasil.
A reunião durou duas horas e foi articulada pelo deputado federal Marangoni (União/SP), junto ao ministro Silvio Costa Filho, e contou com a participação do diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Luiz Ricardo, mais alguns parlamentares, e com o engenheiro João Fantazzini, tutor do cão Joca, que faleceu na semana passada devido a engano da companhia aérea Gol.
Marangoni declarou:
“Elaborei junto ao deputado Saraiva algumas especificações para o transporte de animais, que caberá a Anac e Infraero como a criação de salas de acomodações de animais e transporte climatizados, a exigência mensal de dados sobre o transporte de animais, veterinário responsável para atender o orientar sobre o transporte, criação de área pet nos aeroportos e outros. Os animais hoje fazem parte da família e devem ser respeitos com dignidade, não podemos mais tapar os olhos para esses descasos. A dor do João é a nossa e de todo Brasil”.
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Atualmente existem 15 projetos de lei elaborados com o mesmo objetivo na Câmara dos Deputados. A ideia é que sejam debatidos nas reuniões do grupo de trabalho e unificados em uma só regulamentação.
Entenda o caso
O animal devia ter sido enviado do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop, no Mato Grosso, no mesmo voo em que seu tutor embarcou. Porém, foi enviado para Fortaleza, no Ceará. O tutor dele, o engenheiro João Fantazzini, só soube do fato ao chegar ao Mato Grosso.
Os dois se mudariam para Sorriso (MT) e tudo já estava organizado. Ambos embarcaram para chegar no mesmo horário em Sinop, mas quando o tutor desembarcou e foi procurar o cachorro, a companhia perguntou se ele queria voltar para São Paulo para buscar Joca, que tinha ido para outro estado por uma falha. A companhia ofereceu voo de ida e volta São Paulo/Mato Grosso e hospedagem gratuitos. Ao chegar em São Paulo, outro funcionário da companhia foi receber João dentro do avião, ofereceram comida e depois o deixaram esperando até o pouso do voo que trazia o cachorro.
Ainda segundo João, ele já tinha sido avisado que o cachorro tinha passado mal e o informaram que um veterinário tinha sido acionado. O profissional viu Joca três horas depois de ele ter desembarcado, e ninguém o informava, segundo o tutor, até que João encontrou Joca já sem vida dentro do canil. Veja o vídeo:
O incidente investigado pela Delegacia do Meio Ambiente de Guarulhos, na Grande São Paulo. O Ministério de Portos e Aeroportos e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) também abriram investigação para apurar os procedimentos da Gol no transporte de animais.
Com informações de Jovem Pan.