O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rebateu, nessa quarta-feira (28), uma nota divulgada pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, contestando a lisura, a transparência e a segurança do processo eleitoral para as eleições de domingo.
O documento assinado pela legenda foi publicado horas depois de o principal dirigente da sigla, Valdemar Costa Neto, ter participado da visita ao local, dentro da corte, que realizará a totalização do pleito. Aos jornalistas que acompanhavam o grupo, ele afirmou que não existe a “sala secreta” citada pelo presidente da República.
A nova tentativa de colocar em dúvida a legitimidade da Justiça Eleitoral acontece a quatro dias do primeiro turno de votação. No documento intitulado “Resultados da Auditoria de Conformidade do PL no TSE”, o PL repete as acusações que são frequentemente feitas por Bolsonaro — de que dentro da sala apresentada horas antes seria possível alterar o resultado das eleições. A nota do partido, porém, não apresentou qualquer prova sobre o que afirmou.
Leia mais:
TCU fará teste de integridade em 4.161 urnas eletrônicas
TSE autoriza 9 militares em inspeção das urnas eletrônicas
“Somente um grupo restrito de servidores e colaboradores do TSE controla todo o código fonte dos programas da urna eletrônica e dos sistemas eleitorais. Sem qualquer controle externo, isto cria, nas mãos de alguns técnicos, um poder absoluto de manipular resultados da eleição, sem deixar qualquer rastro”, acusou o PL.
Mas, diferentemente do que diz a legenda, não há “poder absoluto” para mudar os resultados das urnas. A auditoria foi realizada, a pedido do PL, pelo Instituto Voto Legal. Apesar de Valdemar ter participado da convocação feita pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, para conhecer a sala de totalização, o partido não compareceu à corte para fazer a inspeção dos códigos da urna, como estava aberto pelo tribunal a todos as legendas.
O TSE publicou resposta imediata ao documento do PL. A Corte salientou que “as conclusões do documento intitulado Resultados da auditoria de conformidade do PL no TSE são falsas e mentirosas, sem nenhum amparo na realidade, reunindo informações fraudulentas e atentatórias ao Estado Democrático de Direito e ao Poder Judiciário, em especial à Justiça Eleitoral, em clara tentativa de embaraçar e tumultuar o curso natural do processo eleitoral”.
Via Correio Braziliense