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Caso Marielle: STF forma maioria para manter prisão de suspeitos mandantes

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A Primeira Turma Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, na madrugada desta segunda-feira (24/3), em favor da decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão dos suspeitos de mandar matar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.

Os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin acompanharam Moraes para manter as prisões e outras medidas cautelares. Assim como Flávio Dino, que falou em “ecossistema criminoso”. Falta o voto do ministro Luiz Fux, que deve ser feito até o fim desta segunda (25/3).

Na manhã desse domingo (24/3), uma operação da PF prendeu os suspeitos de mandar matar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. A operação também mira crimes de organização criminosa e obstrução de justiça no Caso Marielle.

O referendo da decisão ocorre em sessão virtual.


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Os três presos passaram por audiências de custódia conduzidas pelo magistrado instrutor do gabinete do ministro, desembargador Airton Vieira, na manhã de domingo (24/3), na Superintendência da Polícia Federal no Rio.

Ainda nesta segunda, os três continuam presos em Brasília. Mas já foi decidido que cada um vai ficar em um presídio: Brasília, Campo Grande e Porto Velho.

Crime contra Marielle e Anderson elucidado

Em coletiva de imprensa, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, informou que a Polícia Federal considera o caso elucidado. Segundo o chefe da pasta, a motivação tem relação com a disputa fundiária no Rio de Janeiro.

Relatório da Polícia Federal indicou que o crime foi idealizado pelos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e meticulosamente planejado por Rivaldo Barbosa.

“Tenho a impressão que, a partir desse caso, nós podemos talvez desvendar outros casos, ou pelo menos seguir o fio da meada de um novelo cuja a dimensão ainda não temos clara, mas essa investigação é a espécie de uma radiografia de como operam as milícias e o crime organizado no Rio de Janeiro, e como há um entrelaçamento inclusive com alguns órgãos políticos e alguns órgãos públicos”, complementou Lewandowski.

Operação

A Operação Murder Inc. foi deflagrada pela PF conta com a participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

A ação conta ainda com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Além das três prisões preventivas, foram determinadas outras diligências: busca e apreensão domiciliar e pessoal; bloqueio de bens; afastamento das funções públicas; e outras cautelares diversas da prisão (tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, entrega de passaporte, suspensão de porte de armas), além de apresentação perante o juízo da execução no Rio de Janeiro.

*com informações do Metrópoles

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