Pela primeira vez desde o início dos julgamentos dos réus pelos atos golpistas do 8 de Janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para absolver um dos suspeitos. Cinco ministros seguiram o voto do relator do caso, Alexandre de Moraes.
Moraes tinha seguido o entendimento da PGR (Procuradoria-Geral da República), que opinou pela absolvição do réu. Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso concordaram com a visão da PGR e de Moraes.
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Entenda o caso
O acusado em questão, Geraldo Filipe da Silva, estava em situação de rua no dia dos atos, e disse que se aproximou “por pura curiosidade”. A defesa dele argumentou que, quando ele chegou perto da multidão, foi confundido com um “infiltrado petista”, e que se os policiais não o tivessem prendido, seria espancado pelos demais.
Silva foi preso em flagrante no 8/1 e ficou detido por quase 11 meses. Ele foi solto provisoriamente em novembro passado após manifestação da PGR, que disse não haver provas contra ele.
O julgamento dessa nova leva de acusados pelo 8/1 acontece no plenário virtual, em que os votos dos ministros são registrados no sistema do Supremo, sem deliberação presencial. A sessão de julgamento começou no dia 8 de março e dura até esta sexta (15/03).
Com informações de Metrópoles.