Senadores brasileiros visitam Carla Zambelli em presídio na Itália e pedem prisão domiciliar

(Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)
Nesta sexta-feira (19/9), uma comitiva de senadores brasileiros esteve na Itália para visitar a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), presa desde agosto no presídio feminino de Rebibbia, em Roma. A parlamentar foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos.
O grupo, formado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Damares Alves (Republicanos-DF), permaneceu cerca de duas horas em uma sala reservada com Zambelli, sem a presença de policiais, apenas monitorados por câmeras de vigilância.
Ao deixar a penitenciária, Flávio Bolsonaro declarou que Zambelli é vítima de “perseguição política” e defendeu que ela permaneça em prisão domiciliar na Itália.
“Nós aqui fazemos um pedido: deixe a Carla em prisão domiciliar aqui na Itália, porque no Brasil ela vai ser ainda mais perseguida e vai ter os seus direitos humanos ainda mais violentados por aquele que reconhecidamente é um violador de direitos humanos internacional, um sancionado pela Lei Magnitsky, que é o caso do Alexandre de Moraes”, afirmou o senador, em referência ao ministro do STF.
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A senadora Damares Alves também manifestou preocupação com a segurança da deputada, destacando que Zambelli divide cela com outras três detentas.
Flávio Bolsonaro disse ainda que pretende solicitar uma audiência com o ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio, para pedir que Zambelli aguarde o julgamento sobre a extradição em prisão domiciliar ou em liberdade.
Além da visita, os parlamentares devem participar neste sábado (20) de um evento em Roma intitulado “Brasil – Democracia ou Ditadura?”, que contará com a presença do advogado de Zambelli, Fabio Pagnozzi, e do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Condenação
Carla Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do STF pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, após a invasão dos sistemas do CNJ. No mesmo processo, o hacker Walter Delgatti também recebeu pena de oito anos de prisão.
Em junho, Zambelli deixou o Brasil rumo à Itália, alegando possuir cidadania italiana.
*Informações da CNN
