O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), anunciou no sábado (22/02) sua intenção de concorrer à Presidência da República nas eleições de 2026. Em uma publicação no X (antigo Twitter), Caiado afirmou que o lançamento oficial de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto está marcado para o dia 4 de abril, em Salvador (BA).
“Conto com vocês nessa caminhada por um País mais justo, próspero, seguro e forte! Vamos juntos!”, declarou o governador, reforçando sua intenção de ocupar um espaço na direita do espectro político.
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Ronaldo Caiado é uma alternativa para a direita?
Desde as eleições municipais de 2024, Ronaldo Caiado vem se apresentando como uma alternativa ao “bolsonarismo”, tentando atrair o eleitorado de direita. Seu afastamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou mais evidente na disputa pela prefeitura de Goiânia, quando apoiou Sandro Mabel (União) contra Fred Rodrigues (PL), candidato alinhado ao ex-presidente. Mabel venceu com 55,53% dos votos válidos, enquanto Rodrigues obteve 44,47%. Durante a campanha, Bolsonaro chegou a chamar Caiado de “covarde”, intensificando a rivalidade política entre os dois.
Com Bolsonaro inelegível e sob investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) após denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que o aponta como líder de uma suposta trama golpista, Caiado busca capitalizar a lacuna deixada na direita. Seu objetivo é consolidar uma base política própria, diferenciando-se do bolsonarismo e apresentando-se como uma opção viável para o eleitorado conservador em 2026.
Caiado inelegível
Apesar do anúncio de sua pré-candidatura, Ronaldo Caiado enfrenta obstáculos legais que podem comprometer sua participação na corrida presidencial. Atualmente, ele está inelegível por oito anos devido a uma condenação por abuso de poder político nas eleições municipais de 2024. Além disso, a Justiça Eleitoral de Goiás cassou o registro da chapa do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel, apoiado por Caiado na disputa.
No entanto, a decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso. Caso consiga reverter sua inelegibilidade, o governador poderá seguir na corrida presidencial sem impedimentos legais.