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Reforma da previdência municipal cria pedágios, aumenta idade e diminui valor da aposentadoria

Reforma da Previdência municipal trata de temas que já foram modificados quando da reforma da previdência do INSS promovida em 2019
Reforma da previdência municipal cria pedágios, aumenta idade e diminui valor da aposentadoria

O projeto de reforma da previdência dos servidores da Prefeitura de Manaus vai mexer com a aposentadoria dos mais de 30 mil profissionais do município, que agora terão de trabalhar por mais tempo para garantir os salários semelhantes ao do tempo da ativa. O projeto foi encaminhado pela Manaus Previdência (ManausPrev) e foi deliberado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de Manaus, na última quarta-feira (1/9).

De acordo com o líder do prefeito na Casa, vereador Eduardo Alfaia (Avante), o projeto adapta as regras da previdência municipal ao sistema geral da Previdência Social brasileira, que foi reformada em 2019 e criou idade mínima para se aposentar, pedágios para regra de transição e o pagamento de aposentadorias com valores menores que os recebidos no tempo da ativa.

Eduardo Alfaia ressaltou que o projeto não vai tramitar em regime de urgência e com isso permitirá uma ampla discussão com sindicatos e categorias profissionais, um debate que começou na audiência pública realizada nesta segunda-feira (1/9).

Confira a entrevista de Eduardo Alfaia:


Saiba mais:


Sindicato e oposição consideram projeto ruim para servidores

O presidente da Associação dos Professores de Manaus (Asprom), Lambert Melo, avalia que o projeto acaba com a aposentadoria especial dos profissionais da educação, pois aumenta a idade e diminui o valor da aposentadoria.

“Acaba com a nossa aposentaria especial e também dificulta a aposentadoria para todos os servidores da Prefeitura.
É uma ação extremamente violenta que vai fazer com que os servidores ‘morram’ trabalhando e não consigam se aposentar. Nós precisamos reagir imediatamente e de forma ostensiva!”, defendeu Lambert.

Um dos vereadores da oposição na CMM, Rodrigo Guedes (PP) disse que está acompanhando a tramitação do projeto na Casa e que a primeira vista ele é “muito ruim”. Guedes planeja apresentar sugestões para melhorá-lo, mas sabe que terá dificuldade com a base aliada que vai defender a aprovação na íntegra.