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Quem é Janira Rocha: ex-deputada, advogada de Flordelis e intermediadora do encontro da “Dama do tráfico” com ministério

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A advogada e ex-deputada estadual, Janira Rocha, viu seu nome voltar aos noticiários nesta semana após ser apontada como responsável por agendar audiências no Ministério da Justiça com a participação da esposa do líder do Comando Vermelho no Amazonas. Apesar disto, esta não é a primeira vez que ela se envolve em escândalos e polêmicas.

Natural de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Janira tem 61 anos, é historiadora e advogada por formação. Nas redes sociais, se diz feminista e Ativista de Direitos Fundamentais e Humano.

Ela cumpriu mandato na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) pelo PSOL, entre 2011 e 2015. Após esse período, seguiu exercendo sua profissão e advogou para a ex-deputada Flordelis, em 2019.

Aliada de Cabo Daciolo, Janira foi a única parlamentar, à época, a votar contra a expulsão do PSOL, do então deputado federal em 2015. Os dois iniciaram uma amizade ainda em 2012, quando Daciolo liderava greves de bombeiros no Estado do Rio de Janeiro. Por essas organizações, o político chegou a ser preso e escutas autorizadas pela Justiça revelaram que os dois conversavam sobre as greves, o que ameaçou o mandato de Janira. À época, a então parlamentar afirmou defender os direitos dos profissionais da categoria e reiterou que iria apoiar manifestações populares neste sentido.

No segundo ano de seu mandato na Alerj, a deputada chegou a ser denunciada pela prática de “rachadinha” em seu gabinete, teve um processo de cassação aberto e este terminou sendo arquivado.

Em 2014, se envolveu em outra polêmica por dar uma carona, em carro oficial, a três acusados de atos violentos que tiveram asilo negado pelo Consulado do Uruguai e quase foi indiciada por crime de favorecimento.

Em 2021, foi condenada pelo crime de “rachadinha”, mas a sentença foi posteriormente anulada.

Fora da política, a psolista seguiu exercendo sua profissão de formação e advogou no caso da ex-deputada Flordelis, condenada a 50 anos de prisão pela morte do marido Anderson do Carmo, que foi assassinado em 2019 em Niterói, na região metropolitano do Rio.


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Envolvimento com “Dama do tráfico”

Nesta segunda-feira (13), uma reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo” revelou que Luciane Barbosa Farias, mais conhecida como a “dama do tráfico amazonense”, esteve no Ministério da Justiça em duas ocasiões por convite da ex-deputada Janira Rocha, com secretários da pasta. Luciane é esposa de Clemilson dos Santos Farias, o “Tio Patinhas”, líder da facção Comando Vermelho no Amazonas.

Em entrevista ao Jornal GGN, Janira confirmou que foi a responsável por solicitar as agendas junto ao governo federal e ressaltou que familiares de presos são recebidos por diversas autoridades o tempo todo – o ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, recebeu a mãe do Marcinho VP e a irmã de Fernandinho Beira-Mar, numa reunião intermediada por Cabo Daciolo. Na oportunidade, os familiares dos presos pediram a flexibilização dos presídios após a remissão da pandemia.

Uma nova reportagem, revelada pelo Estadão nesta terça-feira (14), aponta que Janira recebeu pagamentos da facção criminosa dias antes da primeira reunião no Ministério da Justiça para discutir os direitos humanos de presos no Brasil.

Recibos apreendidos pela Polícia Civil do Amazonas, no celular de uma integrante da facção, expõem três transferências feitas por Alexsandro B. Fonseca, conhecido como “Brutinho” ou “Brutus”, o responsável pela contabilidade da “caixinha” [contribuição dos membros da facção]. Foram três os pagamentos à Janira, cujo nome completo e CPF aparecem em comprovantes, de 3 mil reais, 5.645 reais e 15 mil reais.

Após repercussão, Janira apareceu em coletiva de imprensa virtual e disse que foi contratada pela ONG Liberdade do Amazonas para prestar serviços jurídicos, tendo recebido pagamento pela atividade em sua própria conta. Ela também se dispôs a fornecer a documentação necessária para as autoridades entenderem que não há alguma irregularidade.

“Iniciei meu contato com a Lu em 2020, na formação da associação. Ela me pediu para ajudá-los a fazer o Instituto Liberdade do Amazonas e fui contratada para fazer o estatuto e o processo de legalização, junto com um contador. Fiz um contrato de prestação de serviços e recebi os recursos desse contrato na minha conta. Não sei se faccionados dão suas próprias contas para atividades financeiras ilícitas… No momento que for necessário, tenho essa documentação”, disse a advogada.

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