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Pressão na Câmara: Pedido de CPI sobre Tráfico Infantil na Ilha do Marajó ganha destaque

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Pressionado por denúncias de exploração sexual infantil na Ilha do Marajó, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), enfrenta pedidos para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o tráfico de menores. O deputado Fernando Rodolfo (PL-PE), responsável pelo pedido, já reuniu as 171 assinaturas necessárias e aguarda a atuação de Lira para colocar o colegiado em funcionamento.

“Temos o compromisso do presidente Arthur Lira de que a CPI será instaurada brevemente. Estamos só aguardando”, afirmou Fernando Rodolfo. A equipe de Lira não confirmou oficialmente se há, de fato, um compromisso para instaurar a CPI.

Fernando argumenta que é crucial que o Legislativo investigue a situação na Ilha de Marajó, onde há numerosas denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes.

“Não é só lá, obviamente, mas é um ponto de partida para tentarmos mudar essa triste realidade que existe no Brasil todo, e parece que muita gente prefere ignorar a combater”, disse o parlamentar.

As denúncias de abuso e exploração sexual infantil na Ilha do Marajó ganharam destaque nas redes sociais neste mês, após serem mencionadas num reality show gospel e compartilhadas por políticos e influenciadores.


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No entanto, esse tema já foi abordado por políticos de direita durante a campanha eleitoral de 2022, como a então candidata Damares Alves (Republicanos-DF), atualmente senadora. No entanto, suas alegações foram consideradas “sensacionalistas” pelo Ministério Público, que a cobrou por uma indenização de R$ 2,5 milhões.

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, criticou a campanha de Damares Alves, argumentando que “oportunistas” estavam explorando os problemas na Ilha do Marajó para criar um “pânico moral” e associar erroneamente os moradores ao problema da exploração sexual de crianças e adolescentes.

Almeida é alvo de um pedido de convocação na Câmara para prestar esclarecimentos sobre as ações do governo federal na região.

*Com informações de Estadão

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