O nome do vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet, tem ganhado força para assumir a Procuradoria-Geral da República, é o que revela uma matéria exclusiva da Revista Crusué. Gonet é apoiado por pelo menos três ministros do STF: Moraes, Gilmar e o recém-empossado Cristiano Zanin.
O procurador foi o responsável por representar o Ministério Público Eleitoral no caso dos embaixadores, que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por 8 anos; em sua representação, condenou as falas do ex-presidente da República:
“A afirmação de existência de casos de urnas que inseririam número do candidato à revelia do eleitor jamais foi documentada. O representado disse que teria vídeos que o comprovariam, mas nunca os apresentou à Justiça Eleitoral”, disse Gonet
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O mandato do atual procurador-geral, Augusto Aras, termina no próximo mês e sua recondução é considerada pouco provável; mesmo com apoios dentro do governo, motivados pela sua atuação no desmonte do que se convencionou chamar de “lavajatismo”. Por outro lado, pesa contra Aras sua associação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de sua atuação considerada fraca na pandemia da Convid-19.
O nome de Paulo Gonet não faz parte da lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), que foi entregue nesta segunda-feira (14) ao ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Alexandre Padilha. A lista é uma tradição que permite que os membros do MPF manifestem sua posição a respeito de quem deve assumir a Procuradoria-Geral da República; entretanto, o presidente da República não é obrigado a seguir a lista — e já indicou que não a seguirá.