O ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, seria um quarto alvo do plano para assassinar o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin e o também ministro do STF, Alexandre de Moraes. A suspeita de que Dino também estaria na mira dos envolvidos em executar no dia 15 de dezembro de 2022 os homicídios é da Polícia Federal, que investiga esta hipótese.
Quatro militares “kids pretos” do Exército e um policial federal foram presos na terça-feira (19/11) como organizadores de um plano de golpe e mortes contra essas três autoridades antes da posse presidencial. O codinome do alvo “Juca”, que pode se referir a Flávio Dino, consta no relatório da PF enviado ao STF.
“Ao final, o último codinome utilizado é de JUCA. Citado como “iminência parda do 01 e das lideranças do futuro gov”, o autor indica que sua neutralização desarticularia os planos da “esquerda mais radical”, aponta a PF.
A investigação da PF, porém, diz que não obteve elementos para precisar quem seria o alvo dessa ação violenta planejada. As investigações continuam para atestar. A suspeita de que seria o ministro Dino é pela “conjuntura da época”.
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Flávio Dino, hoje no STF, foi eleito senador pelo Maranhão e anunciado como ministro da Justiça e Segurança Pública no terceiro governo Lula. O ministro já foi filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
Após ser anunciado como futuro ministro, tomou frente em relação aos ataques antidemocráticos do dia 12 de dezembro, em Brasília, quando a sede da Polícia Federal foi atacada por vândalos, uma delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal foi invadida e ônibus foram queimados no centro da capital.
“Inaceitáveis a depredação e a tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal em Brasília”, escreveu na internet. “Ordens judiciais devem ser cumpridas pela Polícia Federal. Os que se considerarem prejudicados devem oferecer os recursos cabíveis, jamais praticar violência política”, publicou Flávio Dino no X (antigo Twitter). O futuro ministro também concedeu entrevista coletiva à imprensa e condenou os atos bolsonaristas.
O dia 12 de dezembro foi a data da diplomação da chapa Lula-Alckmin no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Procurado, o ministro Dino disse que não vai se pronunciar.
*Com informações da CNN Brasil