A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira (8/11) Pablo Marçal (PRTB) por divulgação de documento falso, no caso da publicação de laudo médico contra Guilherme Boulos (PSOL) às vésperas do primeiro turno da eleição à prefeitura de São Paulo.
Marçal prestou depoimento nesta sexta por cerca de 3 horas na Superintendência Regional da PF, na Lapa, Zona Oeste de São Paulo. Ele negou qualquer envolvimento no episódio e disse que o suposto documento foi postado pela equipe dele.
A PF concluiu que o laudo divulgado por Marçal é falso — foi comprovado por perícia que a assinatura do médico no documento é falsa. Além disso, o médico José Roberto de Souza, CRM 17064-SP, que aparece como o responsável pelo suposto documento, morreu em 2022. Segundo a filha dele, a oftalmologista Aline Garcia Souza, o pai nunca trabalhou na clínica Mais Consulta, na cidade de São Paulo, e jamais fez esse tipo de atendimento clínico de pessoas com dependência química.
Leia mais:
Coordenadora de laboratório suspeita por fraude em laudos de HIV é presa
O laudo divulgado tinha por objetivo associar Boulos ao uso de drogas. Ele foi divulgado no perfil de Instagram do influenciador na noite de 4 de outubro.
A Justiça Eleitoral também investiga o caso. No domingo do primeiro turno, o desembargador Silmar Fernandes, presidente do TRE-SP, disse que se Marçal for condenado pode ter os direitos políticos suspensos, o que lhe deixaria inelegível.
*Com informações de UOL e G1