Deputados da oposição na Câmara dos Deputados protocolaram pedidos para convocar o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, a prestar esclarecimentos sobre graves denúncias de assédio sexual feitas contra ele. As acusações, reveladas na última quinta-feira (05/09) pela organização Me Too Brasil, têm repercutido no meio político e social.
Segundo o portal Metrópoles, uma das supostas vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Além disso, a CNN apurou que o Me Too Brasil recebeu pelo menos quatro relatos de assédio sexual e dez denúncias de assédio moral envolvendo o ministro Silvio Almeida.
Desde a divulgação do caso, políticos da oposição vêm utilizando as redes sociais para exigir explicações e pressionar o governo a afastar Almeida de seu cargo. Dois pedidos de convocação do ministro já foram formalizados no plenário da Câmara. Um deles foi apresentado pelo deputado Marcos Pollon (PL-MS) e o outro, assinado por mais 12 parlamentares. Confira a lista abaixo:
- Rosangela Moro (União-SP)
- Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)
- Bibo Nunes (PL-RS)
- Helio Lopes (PL-RJ)
- Evair Vieira de Melo (PP-ES)
- Silvia Waiãpi (PL-AP)
- Marcos Pollon (PL-MS)
- Gustavo Gayer (PL-GO)
- Nicoletti (União-RR)
- Capitão Alberto Neto (PL-AM)
- José Medeiros (PL-MT)
- Zé Trovão (PL-SC)
Saiba mais:
- Janja posta foto abraçando Anielle Franco em meio a denúncias de assédio contra ministro Silvio Almeida
- Denúncias de assédio sexual envolvendo ministro Silvio Almeida serão investigadas pela PF
Os requerimentos ainda aguardam votação no plenário e precisam da aprovação da maioria dos deputados para que Silvio Almeida seja convocado. Caso a convocação seja aprovada, o ministro será obrigado a comparecer à Câmara para prestar esclarecimentos. A não observância desta convocação pode resultar em perda de cargo.
O deputado Marcos Pollon, um dos autores do pedido, destacou a gravidade das acusações, afirmando que elas “causam espanto” especialmente porque Almeida lidera um ministério cuja missão é proteger a dignidade humana. Pollon disse que, ao praticar atos de assédio sexual, o ministro “fere contraditoriamente” a própria causa que deveria defender, e por isso não estaria apto a seguir no cargo.
Silvio Almeida nega veementemente as acusações, classificando-as como “mentiras” sem “materialidade”, baseadas em “ilações”. O ministro sugeriu que as denúncias têm o objetivo de prejudicá-lo e bloquear suas aspirações futuras no governo.
*com informações de CNN