A oposição ao governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados protocolou notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a investigação contra os empresários bolsonaristas que, em um grupo de WhatsApp, defenderam um golpe de Estado caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito no pleito de outubro de 2022. O caso foi divulgado pelo colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles.
A notícia-crime solicita a prisão em flagrante ou, após análise da Procuradoria-Geral da República e Ministério Público Federal (PGR/MPF), prisão preventiva dos membros do grupo e a quebra do sigilo telefônico e telemático de todos os envolvidos. O texto também pede que a PGR seja intimada para abrir investigação, que o MPF investigue os nomes que não têm foro privilegiado e o site Metrópoles informe o conteúdo obtido na reportagem.
O documento, que pede ações e providências “urgentes”, foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), relator do inquérito das milícias digitais no Supremo, que apura a existência de uma organização criminosa digital que atuaria contra a democracia.
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No mês passado, Moraes prorrogou por mais 90 dias a investigação, aberta há mais de um ano, sob argumento de que ainda há diligências em andamento, segundo o despacho.
“Como se depreende dos fatos que serão a seguir descritos há total pertinência temática entre os atos praticados pelos ora noticiados com o objeto desta investigação, uma vez que os atos praticados, em tese, apontam conluio digital com proeminente poderio econômico e político e atentam contra a ordem democrática”, alega a oposição na notícia-crime enviada ao Supremo.
Via UOL