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Operação da Polícia Federal busca “hackers” que invadiram páginas de deputados conservadores

Deputados favoráveis ao projeto que igualava aborto ao crime de homicídio foram alvos de ataques cibernéticos, que agora são investigados pela PF
02/12/25 às 09:50h
Operação da Polícia Federal busca “hackers” que invadiram páginas de deputados conservadores

(Foto: Fernando Bizerra)

A Polícia Federal (PF) realiza, nesta terça-feira (2/12), a Operação Intolerans, que investiga ataques cibernéticos contra parlamentares federais que foram favoráveis ao projeto de lei que iguala aborto a homicídio. As buscas são feitas em São Paulo e Curitiba, onde deputados federais conservadores foram alvos da iniciativa hacker.

Não há informações a respeito dos deputados federais que foram afetados pelos ataques dos criminosos virtuais. Segundo as investigações da PF, vários sites de parlamentares foram alvos de ataques cibernéticos.

A operação Intolerans busca identificar e responsabilizar os envolvidos na ação criminosa contra os políticos. A operação conta com o apoio de entidades estrangeiras.


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O que era o projeto anti-aborto

O Projeto de Lei 1904/2024 reacendeu o debate sobre aborto no Brasil. O texto é de autoria do líder do PL na Casa, deputado Sóstenes Cavalcante (PL/RJ) e prevê penas de homicídio simples para abortos realizados após 22 semanas de gestação. A proposta inclui casos de estupro. A pena prevista chega a 20 anos de prisão.

O projeto altera o Código Penal. Hoje, a legislação permite a interrupção da gravidez em casos de estupro, risco à vida da gestante ou anencefalia. A lei não estabelece limite de tempo nesses casos. O PL muda esse entendimento e cria uma punição mais dura que a prevista atualmente para o aborto ilegal.

A Câmara aprovou a urgência para a votação. O gesto ampliou a tensão entre deputados e movimentos da sociedade civil. Entidades de direitos humanos afirmam que o texto afeta vítimas de violência sexual. Grupos contrários ao projeto dizem que ele criminaliza meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade.

A aprovação da urgência, contudo, mobilizou organizações e entidades nacionais e desde então o projeto está com tramitação parada numa comissão especial.