A nomeação de Marcio Pochmann como novo nome para presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) provocou controvérsia no governo. A nomeação foi anunciada pelo ministro Paulo Pimenta, da Comunicação, e teria sido imposto por aliados de Lula sem consentimento do ministério de Simone Tebet.
Hoje, Tebet se pronunciou sobre o ocorrido e disse que não fará pré-julgamento de Pochmann:
“Diante disso, nada mais justo, óbvio, de atender o presidente Lula. O nome será oficializado no momento certo. Acataremos qualquer nome que venha”.
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Ela também disse que pretende se reunir com Pochmann assim que a agenda permitir.
Ontem, em entrevista à Globo News, ela disse que não conhecia Pochmann:
“Não o conheço, no momento em que ele estava no governo, eu estava no meu estado [Mato Grosso do Sul]. Como não sou economista e não o conheço, não posso fazer nenhuma consideração”.
Pochmann é descrito como um economista ideológico alinhado ao PT, com histórico de defesa de aumento dos gastos públicos. Não é uma característica alinhada com a leitura econômica de Tebet. Ele foi presidente do IPEA (Instituto de Pesquisas Especiais Aplicadas) entre 2007 e 2012, e também presidiu o Instituto Lula.
Em 2020, Pochmann foi crítico da criação do sistema de pagamentos Pix. A CNN apurou que a indicação do nome dele para o IBGE teria partido de Paulo Okamotto, amigo de Lula.