O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que o Voa Brasil foi mal interpretado. A afirmação foi dada nesta quinta-feira (21/12) à CNN Brasil. A ideia do governo é que o programa atinja apenas alguns segmentos da população, como aposentados e pensionistas ao ofertar passagens aéreas a R$ 200.
Houve “interpretações diversas” sobre o Voa Brasil. Segundo Costa Filho, “em nenhum momento” foi dito que o programa beneficiaria toda a população, nem que a União entraria com recursos próprios para bancar as passagens. “O Governo não tem como, do dia para a noite, ofertar passagens a R$ 200”, disse o ministro.
O Voa Brasil deve ser lançado na segunda quinzena de janeiro. A ideia é que, a partir de 2024, “a gente possa ter um planejamento estratégico, esse programa saia do papel e a gente possa incluir novos CPFs”, disse o ministro, que também elogiou a participação das companhias aéreas nas discussões. “[As empresas] Querem, de fato, ajudar”.
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A previsão era de que o programa entrasse em vigor em agosto, o que não aconteceu. Desde o início, o ex-chefe da pasta, Márcio França, já havia destacado que o governo não subsidiaria as passagens aéreas mais baratas, mas ajudaria na organização e divulgação do Voa Brasil por meio da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).
Inicialmente, França disse que o Voa Brasil atenderia pessoas com salário de até R$ 6.800. Depois, em abril, explicou que as passagens mais baratas seriam oferecidas no período de baixa temporada para estudantes do Fies, bolsistas, funcionários públicos, aposentados e inscritos no CadÚnico.
No ano passado, o país registrou 98 milhões de passageiros, segundo dados da Anac. Para este ano, a expectativa é de que o número aumente em mais de 17%, alcançando a marca de 115 milhões de passageiros. “Nestes próximos três anos, a expectativa é que o Brasil tenha mais de 130 milhões de passageiros”, afirmou Costa Filho.
*com informações do Uol.