Ouça a Rádio 92,3

Assista a TV 8.2

Ouça a Rádio 92,3

Assista a TV 8.2

“Não mandei matar a Marielle”, garante o conselheiro do TCE-RJ, Domingos Brazão.

O político de longa carreira no Rio de Janeiro e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, disse que não mandou matar a vereadora Marielle Franco. Ele é citado nas apurações do caso há mais de 3 anos, mas as investigações andaram pouco no período – até a entrada da Polícia Federal no circuito, em 2023.

O cerco das investigações sobre Brazão está aumentando com a notícia de que ele teria sido delatado pelo ex-PM Ronnie Lessa como mandante do assassinato da vereadora, em 2018, num crime que também vitimou seu motorista, Anderson Gomes. A delação ainda não teria sido homologada pela Justiça.

Em entrevista ao Metrópoles, Brazão diz viver um drama injusto. “Mas não tira mais meu sono”, afirmou na tarde desta terça-feira (23/1).


Leia mais:

Caso Marielle: Quem é Domingos Brazão, possível mandante do crime

Caso Marielle: Ronnie Lessa delata Domingos Brazão como um dos mandantes do crime, diz site


Para o conselheiro, “ninguém lucrou mais com o assassinato da vereadora do que o próprio PSol”. Membro de uma família de políticos, ele nega conhecer Lessa, Élcio, e a própria Marielle. Também faz questão de dizer que nunca teve relação com milicianos.

Brazão disse não temer a investigação, e que o uso de seu nome pode ser parte de uma estratégia dos executores do crime para proteger alguém. “Outra hipótese que pode ter é a própria Polícia Federal estar fazendo um negócio desse, me fazendo sangrar aí, que eles devem ter uma linha de investigação e vão surpreender todo mundo aí”.

 

Transcrição da entrevista
  • Brazão, você mandou matar Marielle Franco?

Nem ela nem ninguém, graças a Deus. Eu nem conheci a Marielle Franco. Fui conhecer a Marielle Franco após esse trágico assassinato aí.

  • Você mandou matar alguém?

Já te respondi isso na primeira pergunta. Nem ela nem ninguém, graças a Deus.

  • Você conhecia o Élcio?

Não, nunca nem vi ele [sic]. Eu, pelo menos, nunca vi esses caras. Nunca vi, nunca fui apresentado, nada.

  • E o Lessa?

Também não, graças a Deus.

  • Você conhece muita gente no Rio. Não é curioso não ter nunca visto essas pessoas?

Talvez porque a minha última eleição foi em 2014. E esses caras, pelo que a gente ouve falar, chegaram em Jacarepaguá depois disso, entendeu?

  • Você tem ligação com a milícia?

Não, nunca tive. Já fui investigado nisso dezenas de vezes, dezenas e dezenas de vezes.

  • Há rumores de que o seu nome foi citado tanto na delação do Élcio quanto na delação do Lessa. Por que iriam te citar em vão?

São duas coisas distintas. Eu não sei se realmente eles citaram o meu nome. Esse é o primeiro ponto e vamos tratar disso. O segundo ponto é que, se citaram, não sei com que intenção, então não sei se é uma manobra aí. Isso aí eu, eu, não posso julgar, não sei o que foi feito.

Eu quero te dizer: você não tá tirando meu sono, não, tá? Tá me aborrecendo, mas não tá tirando meu sono não. Tenho fé em Deus, acredito na Justiça. Se estão falando meu nome para proteger alguém, o desafio das autoridades vai ser sentar e entender quem estão protegendo. Certo? Ou, a outra hipótese que pode ter é a própria Polícia Federal estar fazendo um negócio desse, me fazendo sangrar aí, que eles devem ter uma linha de investigação e vão surpreender todo mundo aí. Não posso pensar em outra coisa. Não tenho medo de investigação. Não conheço essas pessoas. Nunca vi essas pessoas. Mas eu não vou perder o foco, vou continuar trabalhando. Já me aborreceram.

  • O que o senhor acha da hipótese de que caciques do PMDB estavam com raiva de Marcelo Freixo por ter supostamente ajudado a Lava Jato a prender o ex-presidente da Alerj Jorge Picciani, assim como o filho dele? E que, por isso, houve uma ordem para executar Marielle como recado ao Freixo?

Quer dizer, então, que eu sou o bandido? As pessoas querem matar alguém e me procuram? Picciani me procurou para várias coisas, para fazer campanha, para o Senado, para tudo. Então, sou o cara? Me escondo… Essa não cola. Estão dando superpoder ao Freixo, o que só interessa ao PSol. Essas coisas não colam. O que eu posso dizer disso é que é uma grande bobagem. É um troço descabido.

  • Qual a sua relação com Freixo?

Não tenho relação nenhuma com o Freixo, mas acho que ele não me via como inimigo. Porque, na eleição de governador, por exemplo, eu estava em Teresópolis (RJ), em uma churrascaria. E estavam o Freixo, um prefeito hoje de Maricá (RJ), acho que o Joãozinho, presidente do PP, e uma outra pessoa que não conheço. E eles vieram à minha mesa e o Freixo pediu meu telefone, falou que não tinha mais o meu número. ‘Pô, armazena aí teu número’. Não sei se é porque candidato em época de eleição, antes de época de eleição, até no inferno as pessoas ficam simpáticas.

Outro dia encontrei o Freixo, isso já deve ter uns quatro meses. Fui encontrar o André Ceciliano, o ex-deputado presidente da Alerj, aqui no restaurante Albamar. Chegando lá encontrei o Freixo e o Lindbergh. Me abraçaram e falaram comigo normalmente.

Freixo foi deputado comigo, eu já era deputado quando o Freixo foi deputado. Ele fazia o papel dele no PSol. Eu disse que o Picciani era mais aliado do Freixo do que meu.

O Picciani tem mais projetos de coautoria com o Freixo do que comigo. O Picciani sempre prestigiou o Freixo. Tanto prestigiou que criou várias comissões.

Acho que isso aí não cola. Não posso imaginar que o Freixo caia nessa panela aí.

Acredito que eleitoralmente isso interesse ao PSol. O PSol não faz obra, o PSol não troca lâmpada, o PSol não bota asfalto, o PSol não emprega na prefeitura nem em qualquer lugar. O PSol vive dessas coisas, mas não acredito que chegue a tanto. Eu acho que isso dentro do contexto político, a gente pode fazer uma guerrinha.

Ninguém tirou mais proveito da morte da Marielle do que o PSol. Isso é um fato. Não é porque o PSol queira se aproveitar disso. É porque vitimiza e está lá. Não era o PMDB, não era ninguém. Isso é conversa fiada de político que não cola.

 

*com informações do Metrópoles.

- Publicidade -
ICBEU - Art School

O político de longa carreira no Rio de Janeiro e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, disse que não mandou matar a vereadora Marielle Franco. Ele é citado nas apurações do caso há mais de 3 anos, mas as investigações andaram pouco no período – até a entrada da Polícia Federal no circuito, em 2023.

O cerco das investigações sobre Brazão está aumentando com a notícia de que ele teria sido delatado pelo ex-PM Ronnie Lessa como mandante do assassinato da vereadora, em 2018, num crime que também vitimou seu motorista, Anderson Gomes. A delação ainda não teria sido homologada pela Justiça.

Em entrevista ao Metrópoles, Brazão diz viver um drama injusto. “Mas não tira mais meu sono”, afirmou na tarde desta terça-feira (23/1).


Leia mais:

Caso Marielle: Quem é Domingos Brazão, possível mandante do crime

Caso Marielle: Ronnie Lessa delata Domingos Brazão como um dos mandantes do crime, diz site


Para o conselheiro, “ninguém lucrou mais com o assassinato da vereadora do que o próprio PSol”. Membro de uma família de políticos, ele nega conhecer Lessa, Élcio, e a própria Marielle. Também faz questão de dizer que nunca teve relação com milicianos.

Brazão disse não temer a investigação, e que o uso de seu nome pode ser parte de uma estratégia dos executores do crime para proteger alguém. “Outra hipótese que pode ter é a própria Polícia Federal estar fazendo um negócio desse, me fazendo sangrar aí, que eles devem ter uma linha de investigação e vão surpreender todo mundo aí”.

 

Transcrição da entrevista
  • Brazão, você mandou matar Marielle Franco?

Nem ela nem ninguém, graças a Deus. Eu nem conheci a Marielle Franco. Fui conhecer a Marielle Franco após esse trágico assassinato aí.

  • Você mandou matar alguém?

Já te respondi isso na primeira pergunta. Nem ela nem ninguém, graças a Deus.

  • Você conhecia o Élcio?

Não, nunca nem vi ele [sic]. Eu, pelo menos, nunca vi esses caras. Nunca vi, nunca fui apresentado, nada.

  • E o Lessa?

Também não, graças a Deus.

  • Você conhece muita gente no Rio. Não é curioso não ter nunca visto essas pessoas?

Talvez porque a minha última eleição foi em 2014. E esses caras, pelo que a gente ouve falar, chegaram em Jacarepaguá depois disso, entendeu?

  • Você tem ligação com a milícia?

Não, nunca tive. Já fui investigado nisso dezenas de vezes, dezenas e dezenas de vezes.

  • Há rumores de que o seu nome foi citado tanto na delação do Élcio quanto na delação do Lessa. Por que iriam te citar em vão?

São duas coisas distintas. Eu não sei se realmente eles citaram o meu nome. Esse é o primeiro ponto e vamos tratar disso. O segundo ponto é que, se citaram, não sei com que intenção, então não sei se é uma manobra aí. Isso aí eu, eu, não posso julgar, não sei o que foi feito.

Eu quero te dizer: você não tá tirando meu sono, não, tá? Tá me aborrecendo, mas não tá tirando meu sono não. Tenho fé em Deus, acredito na Justiça. Se estão falando meu nome para proteger alguém, o desafio das autoridades vai ser sentar e entender quem estão protegendo. Certo? Ou, a outra hipótese que pode ter é a própria Polícia Federal estar fazendo um negócio desse, me fazendo sangrar aí, que eles devem ter uma linha de investigação e vão surpreender todo mundo aí. Não posso pensar em outra coisa. Não tenho medo de investigação. Não conheço essas pessoas. Nunca vi essas pessoas. Mas eu não vou perder o foco, vou continuar trabalhando. Já me aborreceram.

  • O que o senhor acha da hipótese de que caciques do PMDB estavam com raiva de Marcelo Freixo por ter supostamente ajudado a Lava Jato a prender o ex-presidente da Alerj Jorge Picciani, assim como o filho dele? E que, por isso, houve uma ordem para executar Marielle como recado ao Freixo?

Quer dizer, então, que eu sou o bandido? As pessoas querem matar alguém e me procuram? Picciani me procurou para várias coisas, para fazer campanha, para o Senado, para tudo. Então, sou o cara? Me escondo… Essa não cola. Estão dando superpoder ao Freixo, o que só interessa ao PSol. Essas coisas não colam. O que eu posso dizer disso é que é uma grande bobagem. É um troço descabido.

  • Qual a sua relação com Freixo?

Não tenho relação nenhuma com o Freixo, mas acho que ele não me via como inimigo. Porque, na eleição de governador, por exemplo, eu estava em Teresópolis (RJ), em uma churrascaria. E estavam o Freixo, um prefeito hoje de Maricá (RJ), acho que o Joãozinho, presidente do PP, e uma outra pessoa que não conheço. E eles vieram à minha mesa e o Freixo pediu meu telefone, falou que não tinha mais o meu número. ‘Pô, armazena aí teu número’. Não sei se é porque candidato em época de eleição, antes de época de eleição, até no inferno as pessoas ficam simpáticas.

Outro dia encontrei o Freixo, isso já deve ter uns quatro meses. Fui encontrar o André Ceciliano, o ex-deputado presidente da Alerj, aqui no restaurante Albamar. Chegando lá encontrei o Freixo e o Lindbergh. Me abraçaram e falaram comigo normalmente.

Freixo foi deputado comigo, eu já era deputado quando o Freixo foi deputado. Ele fazia o papel dele no PSol. Eu disse que o Picciani era mais aliado do Freixo do que meu.

O Picciani tem mais projetos de coautoria com o Freixo do que comigo. O Picciani sempre prestigiou o Freixo. Tanto prestigiou que criou várias comissões.

Acho que isso aí não cola. Não posso imaginar que o Freixo caia nessa panela aí.

Acredito que eleitoralmente isso interesse ao PSol. O PSol não faz obra, o PSol não troca lâmpada, o PSol não bota asfalto, o PSol não emprega na prefeitura nem em qualquer lugar. O PSol vive dessas coisas, mas não acredito que chegue a tanto. Eu acho que isso dentro do contexto político, a gente pode fazer uma guerrinha.

Ninguém tirou mais proveito da morte da Marielle do que o PSol. Isso é um fato. Não é porque o PSol queira se aproveitar disso. É porque vitimiza e está lá. Não era o PMDB, não era ninguém. Isso é conversa fiada de político que não cola.

 

*com informações do Metrópoles.

- Publicidade -

Mais lidas

Divulgação de gastos públicos em eventos patrocinados pelo Munícipio podem ser obrigatórios em PL

O vereador Paulo Tyrone (PMB) da Câmara Municipal de Manaus (CMM) propôs regras mais rígidas na realização de eventos financiados com recursos públicos. O...

Painel da CMM é usado para votação após meses “inativo” por vereadores

Nesta segunda-feira (7/7) os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) decidiram deixar de lado a votação de “mãozinhas” no plenário e utilizaram do...
- Publicidade -
UEA - Universidade Estadual do Amazonas  - Informativo

“Projeto foi vetado sem discussão”, diz autor de PL sobre clubes de tiro

O Projeto de Lei (PL) Nº 045/2025 que defende o reconhecimento dos clubes de tiro e das escolas de formação e reciclagem de vigilantes...

“A Câmara é omissa”, declara Rodrigo Guedes sobre a CPI dos Buracos

O vereador Rodrigo Guedes (PP) questionou, na manhã desta segunda-feira (07/07), a ausência de apoio dos parlamentares da Câmara Municipal de Manaus (CMM) para...
- Publicidade -
Tribunal de Contas do Estado do Amazonas

“Dê palpite na sua vida e não na nossa”, rebate Lula após Trump manifestar apoio a Bolsonaro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu nesta segunda-feira (7/7) à declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se manifestou...

“Deixem Bolsonaro em paz!”, diz Trump ao criticar governo brasileiro e defender ex-presidente

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua rede social, a Truth Social, nesta segunda-feira (7/7). O...
- Publicidade -
ICBEU - Art School
- Publicidade -
Leia também

Divulgação de gastos públicos em eventos patrocinados pelo Munícipio podem ser obrigatórios em PL

O vereador Paulo Tyrone (PMB) da Câmara Municipal de Manaus (CMM) propôs regras mais rígidas na realização de eventos financiados com recursos públicos. O...

Painel da CMM é usado para votação após meses “inativo” por vereadores

Nesta segunda-feira (7/7) os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) decidiram deixar de lado a votação de “mãozinhas” no plenário e utilizaram do...

“Projeto foi vetado sem discussão”, diz autor de PL sobre clubes de tiro

O Projeto de Lei (PL) Nº 045/2025 que defende o reconhecimento dos clubes de tiro e das escolas de formação e reciclagem de vigilantes...

“A Câmara é omissa”, declara Rodrigo Guedes sobre a CPI dos Buracos

O vereador Rodrigo Guedes (PP) questionou, na manhã desta segunda-feira (07/07), a ausência de apoio dos parlamentares da Câmara Municipal de Manaus (CMM) para...

“Dê palpite na sua vida e não na nossa”, rebate Lula após Trump manifestar apoio a Bolsonaro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu nesta segunda-feira (7/7) à declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se manifestou...

“Deixem Bolsonaro em paz!”, diz Trump ao criticar governo brasileiro e defender ex-presidente

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua rede social, a Truth Social, nesta segunda-feira (7/7). O...
- Publicidade -
- Publicidade -