A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter o bloqueio da plataforma de vídeos Rumble no Brasil. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (6/3) e contou com os votos dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin. O bloqueio segue vigente até que a empresa cumpra as ordens judiciais e nomeie um representante legal no país.
A suspensão do acesso à plataforma ocorreu no dia 21 de fevereiro, após a recusa da Rumble em indicar um representante com plenos poderes para nomeação de advogados e cumprimento de decisões da Justiça brasileira.
Criada em 2013, a Rumble é uma plataforma de vídeos semelhante ao YouTube e se tornou popular entre grupos conservadores nos Estados Unidos. A empresa defende a “proteção de uma internet livre e aberta” e já esteve envolvida em diversas polêmicas relacionadas à moderação de conteúdo.
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A plataforma se tornou alvo do Supremo após dar espaço a influenciadores que foram banidos do YouTube, o principal deles foi o Monark, um dos fundadores do Flow Podcast, que transmitia o Monark Talks na Rumble depois de ser expulso do YouTube por divulgar uma live que atentava contra as urnas eletrônicas.
Outro influenciador que passou a produzir conteúdos na Rumble pelo mesmo motivo foi o blogueiro Allan dos Santos, dono do antigo canal Terça Livre. Allan dos Santos é acusado de espalhar fake News contra o sistema eleitoral brasileiro.
Nos Estados Unidos, a Rumble e a Trump Media & Technology Group, empresa de comunicação do ex-presidente Donald Trump, ingressaram com uma ação contra o ministro Alexandre de Moraes. As companhias acusam Moraes de censura e pedem que as determinações do magistrado para a remoção de contas de usuários da plataforma não tenham validade no território norte-americano.