O Ministério Público Federal vai abrir 12 frentes de investigação independentes em decorrência do relatório final da CPI da Covid. A informação foi revelada em despacho da Procuradoria da República no Distrito Federal.
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As 12 frentes de investigação são:
- Ações e omissões no Ministério da Saúde, na gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello, entre outros, e o agravamento da pandemia;
- Caso Prevent Senior: crimes de perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença e falsidade ideológica;
- Caso Covaxin – Precisa;
- Caso VTCLog;
- Caso Davati Medical Supply;
- Da usurpação de função pública por parte de Airton Antonio Soligo;
- Fake News e incitação ao crime;
- Responsabilidade civil por dano moral coletivo;
- O impacto da pandemia sobre povos indígenas e quilombolas;
- O impacto da pandemia sobre mulheres e população negra;
- Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde);
- Planos de saúde e hospitais.
O desmembramento das investigações permitirá um maior aprofundamento dos trabalhos. A procuradora da República Márcia Brandão Zollinger, que assina o despacho, informa que o relatório da CPI conseguiu reunir em cerca de 1200 páginas “vasta descrição de elementos indiciários do cometimento do crime de epidemia com resultado morte”.
Vale lembrar que o relatório final da CPI recomendou 80 indiciamentos, 78 de pessoas e 2 empresas, incluindo o do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, do governador do Amazonas Wilson Lima, do ex-secretário da saúde do Amazonas Marcellus Campêlo e do presidente Jair Bolsonaro e seus filhos Flávio, Eduardo e Carlos.
Com informações do UOL.