O ex-governador do Amazonas José Melo (PROS) vai lançar candidatura avulsa a deputado estadual após conflito com o presidente nacional do partido, Eurípedes Júnior. O dirigente afirmou que Melo é um “traidor” por ter apoiado o ex-presidente da sigla, Marcus Holanda, que deixou o cargo em 31 de julho.
No sábado (13), Melo recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) contra a direção estadual do Pros, pois o nome dele não foi incluído em uma terceira ata elaborada pelo diretório estadual do partido na sexta-feira (12). A ata reúne os candidatos aprovados em duas convenções promovidas por dois presidentes.
No dia 4, sob presidência de Edward Malta, o Pros promoveu a convenção que lançou apenas dois candidatos ao cargo de deputado federal: o próprio Malta e Fátima Mello. Neste evento, o partido resolveu apoiar a candidatura do ex-vice-governador Henrique Oliveira (Podemos) a governador.
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No dia 5, a sigla promoveu outra convenção, presidida por Osvaldo Cardoso Neto. Na ocasião, o partido lançou 23 candidaturas ao cargo de deputado estadual, incluindo a de Melo, e nove ao cargo de deputado federal. Além disso, os filiados decidiram apoiar a candidatura do ex-governador Amazonino Mendes (Cidadania) a governador.
Na sexta-feira (12), houve a terceira convenção, fora do prazo previsto na legislação eleitoral. Na ata assinada por Malta, constam nove candidatos a deputado federal e 22 a deputado estadual. O partido reuniu os candidatos aprovados nas duas convenções anteriores, mas excluiu três nomes da convenção do dia 5, entre eles o de Melo.
Apesar de ter recorrido ao TRE, a defesa de Melo afirma que ele tem direito de pedir o registro de candidatura avulsa, pois o nome dele consta na ata da segunda convenção, realizada no dia 5 de agosto. Nesse caso, ele só poderá pedir o registro após o TRE-AM publicar o edital com a lista de candidatos enviada pelo partido.
“Cabe uma candidatura avulsa. Depois do registro de candidatura de todos, abra-se um prazo de 48 horas. Quando houver a publicação, a gente entra com o pedido. A ata deles do dia 11 tem 22 inscritos, pois ele estão querendo unificar a ata do dia 4 e a do dia 5. A do dia 5 o professor fazia parte. Está o ato legítimo”, afirmou o advogado Heliandro Queiroz.
Via Amazonas Atual