Em um relatório divulgado nesta quinta-feira (11/07), a Polícia Federal revelou que o grupo conhecido como “Abin paralela” teria monitorado adversários politicos, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em suas redes sociais, o ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, afirmou que foi uma das vítimas e criticou.
“Estando ao lado da democracia e da missão pública encarada com lisura e coerência, mas com a combatividade necessária frente a posturas inaceitáveis, fui vítima de criminosos”.
A operação, autorizada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, resultou na prisão de cinco investigados e no afastamento de outros suspeitos de suas funções. Foram realizadas buscas e compartilhamento de informações para aprofundar as investigações sobre o esquema de monitoramento ilegal.
Segundo a reportagem do site Metrópoles, Marcelo Bomevet, ex-chefe do Centro de Inteligência Nacional da Abin, enviou mensagens ao militar Giancarlos Rodrigues, também detido, sugerindo a vigilância de Marcelo Ramos. As mensagens, trocadas em julho de 2021, revelam a intenção de monitorar o então vice-presidente da Câmara dos Deputados.
“Marcelo Ramos, vice-presidente da Câmara. Outro vagabundo pra olhar com carinho”, escreveu Bomevet. Giancarlos respondeu: “Vou dar a dica para o pessoal lá do grupo. Kkkkk.”
Bomevet foi preso preventivamente durante a operação da PF.
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Diante disso, Marcelo Ramos criticou o governo Bolsonaro, afirmando que “não tinha limites morais ou legais”. Segundo ele, o monitoramento clandestino é uma evidência de práticas criminosas adotadas pelo governo anterior. Ele destacou a importância da investigação e da punição dos responsáveis.
“O meu incômodo é apenas com mais uma constatação de que, infelizmente, esse governo anterior não tinha limites morais ou legais”, escreveu Ramos.
Marcelo reforçou a necessidade de agir contra ilegalidades e defendeu a apuração rigorosa dos fatos. Confira a nota completa:
Sobre as investigações acerca deste que seria um monitoramento clandestino de autoridades, o meu incômodo é apenas com mais uma constatação de que, infelizmente, esse governo anterior não tinha limites morais ou legais. O ponto positivo é a apuração dos fatos e a punição dos envolvidos.
Quem faz o certo não teme monitoramentos. Só nunca podemos admitir ilegalidades. Estando ao lado da democracia e da missão pública encarada com lisura e coerência, mas com a combatividade necessária frente a posturas inaceitáveis, fui vítima de criminosos. Eles não aprenderam a conviver com as diferenças naturais do debate político.
Daqui por diante esse não é um assunto da política, é um assunto da polícia. Que se faça justiça. Seguiremos na nossa luta também por justiça social e garantia de direitos.