O ex-deputado federal Marcelo Ramos (PT-AM), pré-candidato ao Senado, afirmou que a pauta de anistia não será levada adiante e que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será preso. As declarações foram dadas em um vídeo postado em seu Instagram no último domingo (6/4) em resposta às manifestações pró-anistia ocorrida na Avenida Paulista neste fim de semana.
Marcelo Ramos afirma que “não haverá anistia”e que Bolsonaro será “preso” pic.twitter.com/9UXZ1XHQaC
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) April 9, 2025
“Não haverá anistia. Esse projeto sequer será pautado na Câmara“, afirmou Ramos, dizendo ainda que os responsáveis pelos atos antidemocráticos serão julgados com direito ao contraditório e à ampla defesa, mas diante das evidências, “a maioria será condenada e presa“.
O ex-deputado criticou a postura de Bolsonaro, acusando o ex-presidente de tentar se desvincular dos atos golpistas ao mesmo tempo em que buscaria se beneficiar de uma eventual anistia.
“Ele usa os que estão presos, tenta se afastar da responsabilidade, mas quer autoanistia. Não terá”, declarou.

O ex-parlamentar elogiou o governo do presidente Lula, afirmando que o petista segue uma agenda correta, com foco em emprego, crescimento, renda, saúde e lutando contra a inflação e a redução do valor dos alimentos, enquanto os apoiadores de Bolsonaro seguem “reféns da pauta da anistia”.
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Participação de Wilson Lima nas manifestações
Ramos também comentou a presença do governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), no ato em apoio a Bolsonaro em São Paulo. Segundo ele, Lima adota uma postura contraditória ao “bajular” um ex-presidente que, segundo o petista, prejudicou o estado.
“Bolsonaro atacou a Zona Franca de Manaus, enquanto o governo Lula a protegeu na reforma tributária. Além disso, o programa ‘Amazonas Meu Lar’, que Lima divulgou como criação estadual, é financiado majoritariamente com recursos federais do Minha Casa Minha Vida”, pontuou Ramos.
No entanto, ele deixou claro que não é errado Wilson Lima comparecer aos atos, desde que seja como cidadão militante e não como Governador do Amazonas. Ramos também destacou que a viagem não pode ser paga com dinheiro público. “No domingo ele vai pra onde bem entender, desde que isso não tenha sido feito as custas de dinheiro do contribuinte”.
Finalizando sua análise, o ex-deputado acusou o governador de agir por interesse eleitoral. “Esperávamos um estadista. No lugar disso, temos alguém guiado por puro oportunismo, que abandona um governo aliado para agradar uma base bolsonarista em Manaus”, concluiu.