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Lula diz que não vai desistir de criar moeda para substituir dólar: “Não preciso ficar subordinado”

Lula diz que não vai desistir de criar moeda para substituir dólar: “Não preciso ficar subordinado”

(Foto: Anderson Barbosa/PT)

Durante discurso no 17º Encontro Nacional do PT, realizado nesse domingo (3/8), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou que o Brasil já não é tão dependente economicamente dos Estados Unidos como no passado e que, por isso, está “mais tranquilo” para adotar uma política externa autônoma.

Ele defendeu a adoção de moedas alternativas ao dólar nas relações comerciais internacionais, relembrando experiências anteriores, como a realizada com a Argentina em 2004.

“Eu não vou abrir mão de achar que a gente precisa procurar construir uma moeda alternativa para que a gente possa negociar com os outros países, eu não preciso ficar subordinado ao dólar”, pontuou.

Veja o vídeo:

Segundo ele, o país norte-americano já ajudou a promover um golpe em território brasileiro, mas ressaltou que isso não impedirá o governo brasileiro de manter negociações com os EUA — desde que em condições de igualdade.

“Eu também não vou esquecer que eles já deram golpe aqui, ajudaram a dar golpe. Mas o que eu quero saber é daqui para frente o que eu faço? E daqui para frente eles têm que saber que nós temos o que negociar. Nós temos tamanho, temos postura, temos interesses econômicos e políticos para negociar”, afirmou o presidente.

Lula diz que não vai desistir de criar moeda para substituir dólar:
(Foto: Sérgio Lima/Poder360)

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O presidente também criticou o que chamou de tentativa de imposição política por parte dos EUA por meio de sanções econômicas.

“Nós queremos ser respeitados pelo nosso tamanho. Nós temos interesses econômicos, estratégicos, nós queremos crescer e nós não somos uma republiqueta. Tentar colocar um assunto político para nos taxar economicamente é inaceitável”, afirmou.

Lula comentou ainda sobre as recentes tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump, que estabeleceu um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo o chefe do Executivo, o governo federal está trabalhando para mitigar os impactos sobre empresas nacionais afetadas por essa medida. Ele disse que o Brasil está aberto ao diálogo.

Lula age com cautela em relação aos EUA

Apesar das críticas, o presidente ressaltou que mantém cautela nas declarações contra o atual governo norte-americano, por entender que relações internacionais exigem estratégia e diplomacia.

Nessa briga que a gente está fazendo agora com a taxação dos Estados Unidos, eu tenho um limite de briga com o governo norte-americano. Eu não posso falar tudo o que acho que devo falar. Eu tenho que falar o que é possível falar, disse.