No dia 6 de junho, o fundador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile, criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula (PT) e a demora na reforma agrária. Em entrevista ao site “O Joio e O Trigo”, Stédile afirmou que a União “não está fazendo nada” para agilizar o processo.
“O governo [federal] não está fazendo nada na reforma agrária. É uma vergonha. Nós já estamos há um ano e meio, não avançamos. Desapropriação não avançou. O crédito para os assentados não avançou, nem o Pronera [Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária]. O Pronera é o negócio mais civilizatório que qualquer governo de direita pode fazer porque é viabilizar o acesso dos jovens camponeses à universidade. Então é uma vergonha”, disse.
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Stédile completou as críticas ao governo petista dando nota três para a política implementada no terceiro mandato do presidente Lula.
“Não pode dizer que falta dinheiro. Então, se antes eu dei [nota] cinco porque era amigo do Paulo Teixeira [ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar], agora para o programa de reforma agrária, eu dou [nota] três”, declarou.
O líder do MST citou como problemática a frente ampla montada por Lula para se eleger contra Jair Bolsonaro (PL) nas últimas eleições, em 2022, que não estaria colocando os pleitos do movimento como prioridade.
“Eu estou cansado, já perdi a paciência de ouvir ministro dizer que não há incompatibilidade entre a agricultura familiar e o agronegócio”, acrescentou João Pedro Stédile.
*Com informações do Globo