O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (15/5) que o governo federal apresentará na próxima semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um conjunto de medidas pontuais voltadas ao cumprimento da meta fiscal de déficit zero em 2025. Ele negou qualquer intenção de lançar um novo pacote de medidas com viés populista para impulsionar a popularidade do governo.
Segundo Haddad, a apresentação das propostas estava prevista para esta quinta-feira, mas foi adiada devido à morte do ex-presidente uruguaio José Mujica, o que alterou a agenda presidencial.
“As únicas medidas sendo preparadas são voltadas exclusivamente para garantir a meta fiscal. Não se trata de um pacote, e sim de ajustes pontuais para lidar com gargalos que afetam as receitas e despesas”, afirmou o ministro.
Ele fez questão de desmentir rumores sobre possíveis reajustes no valor mínimo do Bolsa Família ou iniciativas voltadas ao setor de energia. Especulações recentes indicavam um possível aumento do benefício para R$ 700 em 2026, o que Haddad rechaçou de forma categórica.
“Não há nenhum pedido, estudo ou discussão sobre reajuste no Bolsa Família. O Orçamento de 2026 sequer começou a ser elaborado. A discussão orçamentária só será iniciada no final de junho”, destacou.
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Pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) em vigor, o governo tem como meta entregar um resultado primário neutro – ou seja, sem déficit nem superávit. Contudo, o novo arcabouço fiscal permite um déficit de até R$ 31 bilhões, devido à margem de tolerância equivalente a 0,25 ponto percentual do PIB.
Haddad também foi enfático ao afirmar que não há espaço fiscal para novos projetos ou aumento de despesas em qualquer ministério. Ele negou que a equipe econômica esteja sob pressão de outras pastas para ampliar verbas.
“Zero demanda. Não existe qualquer pedido do Ministério do Desenvolvimento Social para aumentar o orçamento. Isso vale para todos os ministérios”, disse.
Com o compromisso de manter o equilíbrio fiscal como prioridade, o ministro tenta acalmar os mercados e evitar ruídos que possam impactar negativamente a confiança na condução econômica do governo.
*Com informações da Agência Brasil.