O vereador Coronel Rosses (PL) assumiu o pedido de abertura da CPI dos Empréstimos depois que o vereador Rodrigo Guedes (PP) abriu mão da autoria. O parlamentar publicou uma nota em seu perfil do Instagram solicitando apoio dos demais vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM), deixando claro que a CPI não pertence a nenhum vereador, nem grupo político, mas sim a população de Manaus.
“Após o vereador Rodrigo Guedes (PP) ter abdicado da autoria da CPI dos Empréstimos, comunico que assumi a responsabilidade pelo pedido de abertura da Comissão”, declarou Rosses em seu perfil do Instagram.

Retiradas
O vereador Saimon Bessa (União Brasil) anunciou nesta quarta-feira (10) a retirada da sua assinatura do requerimento. Em nota, Bessa alegou que “a proposta se desviou do propósito original e acabou sendo utilizada como palco para disputas pessoais e conflitos políticos”.
“Entendo que não há mais as condições mínimas necessárias para que ela [CPI] cumpra o papel que a sociedade espera: apurar os fatos com seriedade e compromisso com a verdade. Acredito que, quando uma CPI se transforma em espetáculo, o Legislativo perde sua essência. E, mais uma vez, quem perde é a população”, declarou Saimon Bessa.
Em resposta à manifestação do vereador Saimon, Guedes foi a público anunciar que declinou do pedido de abertura da CPI dos Empréstimos.
“A CPI não é para o Rodrigo Guedes e muito menos do Rodrigo Guedes, a CPI é de Manaus, da Câmara Municipal de Manaus e dos manauaras”, destacou Guedes. O vereador ainda solicitou que outro parlamentar assumisse a autoria: “dito isso, peço que outro vereador apresente outro pedido de CPI que, se apresentado e se o objeto for investigar os 4 empréstimos”.
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O vereador Paulo Tyrone (PMB) também se posicionou sobre a figura de Guedes na autoria da CPI e defende que a investigação parlamentar teria mais chances de avançar na Câmara Municipal de Manaus com outro proponente. O vereador estreante apontou, em entrevista ao Portal AM1, que Guedes enfrenta alta rejeição entre os colegas parlamentares e lembrou a postura de oposição desde a legislatura passada, o que gerou atritos no plenário até o atual momento.
Embate entre Rodrigo Guedes e Aldenor Lima
A decisão de Saimon de retirar a assinatura pela CPI foi baseada no conflito entre Rodrigo Guedes e o vereador Aldenor Lima (União Brasil). Quando questionado sobre a assinatura, Aldenor afirmou que a CPI pertencia ao Rodrigo Guedes, e que em nenhum momento ele procurava os demais vereadores para pedir assinatura e conversar sobre o projeto, em vez disso, utilizava as seções na Casa para pedir voto na tribuna, gerando o sentimento de pressão para coletar as assinaturas.
O atrito entre os parlamentares se intensificou depois que Aldenor acusou Guedes de financiar páginas na internet para atacar o seu filho, usando a acusação como motivo para não assinar o requerimento.
Para que a CPI avance, novas articulações devem ser feitas. Sem a assinatura de Bessa, apenas dez nomes continuam a apoiar a abertura da CPI dos Empréstimos; Rodrigo Guedes (PP), Coronel Rosses (PL), Rodrigo Sá (PP), Zé Ricardo (PT), Salazar (PL), Thaysa Lippy (PRD), Diego Afonso (UB), Ivo Neto (PMB), Raiff Matos (PL) e Capitão Carpê (PL).