Em meio à preocupação com os recentes casos de gripe aviária no Brasil, o presidente em exercício e também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou neste domingo (18/05) que o surto de gripe aviária está controlado e limitado ao sul do país, mais precisamente ao município de Montenegro, no estado do Rio Grande do Sul.

Durante uma coletiva de imprensa realizada no Vaticano, onde participou da missa de celebração do início do pontificado de Leão XIV, Alckmin tranquilizou a população e os mercados internacionais, destacando que todas as medidas estão sendo tomadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para conter o avanço do vírus.
“Olha, o Mapa, Ministério da Agricultura e Pecuária, tomou todas as providências. Ela [a gripe aviária] é limitada ao município do Rio Grande do Sul e cumpre totalmente os protocolos sanitários, no sentido de limitá-la e superar o mais rápido possível, declarou o vice-presidente.

Alckmin destacou que o país segue rígidos padrões internacionais de controle e vigilância sanitária, o que fortalece a reputação do Brasil como referência global na área.
“O Brasil é um exemplo pro mundo de compromisso com a questão sanitária, tanto animal quanto vegetal”, disse.
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Até o momento, os casos registrados de gripe aviária no Brasil se concentram em aves silvestres, o que reduz o risco imediato para a produção avícola em larga escala. Mesmo assim, os protocolos de contenção estão sendo rigorosamente seguidos para impedir qualquer disseminação entre plantéis comerciais.

Gripe aviária afeta exportações
Apesar da contenção territorial da doença, nove destinos internacionais anunciaram a suspensão da importação de carne de frango brasileira, afetando temporariamente um dos principais setores do agronegócio nacional. Os países que interromperam as compras do produto são:
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China
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México
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Uruguai
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Argentina
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Chile
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Coreia do Sul
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Canadá
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África do Sul
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União Europeia (UE) – bloco que reúne 27 países
Essas suspensões seguem práticas padrão de precaução adotadas por importadores globais diante de surtos sanitários. Ainda assim, o impacto econômico já começa a ser sentido por produtores e exportadores brasileiros.
Outros países, como os Emirados Árabes Unidos e as Filipinas, adotaram uma abordagem mais seletiva, restringindo as importações apenas da região afetada – o que ameniza os prejuízos ao setor avícola nacional como um todo.