Foi publicada hoje, 22, no Diário Oficial da União portaria instituindo a criação de grupo de trabalho dentro do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, contra o discurso de ódio e o extremismo.
O grupo é composto por 29 pessoas — cinco representantes do ministério e 24 da sociedade civil. Ele será presidido pela ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PC do B).
O objetivo dos integrantes é apresentar “estratégias de combate ao discurso de ódio e ao extremismo”. Eles também terão que propor políticas públicas em direitos humanos sobre o tema. A participação será considerada prestação de serviço público relevante, e não será remunerada. O grupo terá duração de 180 dias, passíveis de prorrogação.
Leia mais:
Ministro do STF encaminha à Justiça mais um pedido para investigar Bolsonaro
Ofícios revelam que governo cortou yanomamis de programa de alimentação
O influenciador Felipe Neto, a jornalista da Folha de S. Paulo Patricia Campos Mello e o epidemiologista Pedro Hallal também fazem parte do grupo. Junto com Manuela, todos já relataram ter sido alvos de perseguição e ameaças.
Manuela e Neto já receberam ameaças de morte pela internet. Já Campos Mello é a jornalista que sofreu perseguição de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro quando ele usou a frase “a jornalista queria dar o furo a qualquer preço contra mim”. Bolsonaro foi condenado a indenizar a jornalista. E Hallal, professor da Universidade Federal de Pelotas (RS), foi forçado a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta após proferir críticas à gestão da pandemia de Covid-19 pelo governo em 2021.