O ex-prefeito de Coari, Adail Filho, tem alto potencial de votos para a eleição deste ano. Em entrevista ao programa Meio Dia com Jefferson Coronel da Onda Digital, ele afirmou que é pré-candidato a deputado federal nas eleições deste ano. Ele também falou sobre seu futuro político, sobre possíveis alianças com nomes que estão sendo ventilados como candidatos ao governo, e sobre Coari e a relação da sua família e grupo político com o município.
Adail Filho já começou a conversa abordando de modo bem direto a história política da família: “Nossa resposta sempre foi trabalho. A população acompanhou de perto e sabe o que aconteceu nos últimos anos em Coari, quem foram as pessoas por trás do que aconteceu. Trabalhamos há 25 anos pelo município de Coari, um trabalho iniciado pelo meu pai. Eles reconhecem nosso trabalho e dedicação e na última eleição ficou claro isso. O povo escolheu nosso grupo político”.
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Ao ser perguntado diretamente sobre seus planos para a vindoura eleição, Adail Filho disse: “Sou pré-candidato a deputado federal. Estamos construindo a candidatura pelos municípios, com robustez. Acho que é uma candidatura viável e pode ser benéfica”. E quanto ao partido? “Meu partido é o Progressistas, e a janela se fecha 2 de abril”, disse Filho. “Tô conversando com outros partidos, precisamos analisar, é um passo muito importante. Os partidos precisam ser estruturados, tem que ter coeficiente eleitoral, estamos estudando para não errar. Vamos tornar público no momento oportuno”.
Coronel então perguntou a Adail Filho sobre possível aliança com nomes que podem se candidatar ao governo do Estado:
Sobre Amazonino Mendes: “Tem um legado grande no estado, temos uma relação boa. Não tenho nada contra ele. Vai depender das conversas e definições partidárias. O admiro bastante e o respeito bastante”.
Sobre Eduardo Braga: “Também tenho carinho e respeito, contribuiu muito pra Coari. Nenhuma antipatia ou problema com ele. Vai depender das conjunturas”.
Sobre Wilson Lima: “Ele ajudou bastante Coari, minha irmã [a deputada Mayara Pinheiro] é da base aliada. Ele foi contra nós na eleição, mas já conversamos. Tivemos atrito, mas ficou lá pela eleição mesmo. Tudo pode acontecer”.
Sobre Ricardo Nicolau: “Me ligou, conversamos. Não tenho muita proximidade, mas é um bom nome que pode dar uma rejuvenescida na política”.
Sobre Plínio Valério: “Se ele afirmou [que pode se candidatar ao governo], vamos até o fim e ver onde vai dar. Ainda não falei com ele. As coisas vão se definir nos próximos dias”.
Adail Filho também falou sobre a Petrobras e sua importância para o município: “A empresa trabalha muito forte em Coari. Com o pré-sal, pararam de investir no município. De fato, existem os royalties do petróleo e do gás, mas não é como antes. Os empregos gerados, a arrecadação das empresas do polo do Urucu, tudo isso soma ao município e ao governo do estado. As empresas geram mais de 300 milhões pro governo do estado. Existem especulações sobre a Petrobras vendendo suas empresas na região, mas pensamos positivo. Se alguém for comprar, que seja pra investir mais. Existem mais poços de petróleo em Coari, falta mais exploração e investimento”.
E sobre a justiça que interferiu nos rumos políticos da família, ele afirmou: “A democracia tem que ser respeitada, mas passaram por cima direitos fundamentais em Coari, pra ‘agradar à torcida’. Claro que não concordamos com algumas delas, mas decisão da justiça a gente acata, ou recorre. Não respondo a nenhum processo de crime, nem eleitoral. Em Coari sinto que o Judiciário às vezes se sente pressionado a decidir contra o nosso grupo. Mas no fim das contas é a população que nos apoia. Enquanto tiver urna eletrônica e voto democrático, estamos tranquilos”.
Da Redação.
