
VÍDEO: Preso do 8/1 vai a velório da avó algemado e escoltado por dezenas de policiais
O advogado Lucas Costa Brasileiro, de 30 anos, condenado por cinco crimes relacionados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, esteve presente no velório da avó, Joanice Jorge da Costa, realizado na tarde de terça-feira (26/8), no Cemitério Central de Formosa (GO). A presença do custodiado foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que concedeu a saída temporária para a despedida familiar.
Imagens registradas no local mostram o momento em que Lucas chega ao cemitério sob escolta da Polícia Penal do Distrito Federal (PPDF). Armados com espingardas e pistolas, pelo menos 30 policiais penais se revezaram entre a vigilância do interno e a segurança do perímetro durante a cerimônia fúnebre. O advogado estava algemado e vestindo roupas brancas, aproximando-se do caixão da avó, onde permaneceu até o fim da gravação divulgada.
Veja:
Algemado e escoltado por dezenas de policiais preso do 8/1 vai a velório da avó pic.twitter.com/dbIr5EDT2a
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) August 28, 2025
O pai de Lucas, Evandro Brasileiro, também esteve presente e chegou a gravar vídeos dentro do cemitério. Em um dos registros, ele afirmou que inicialmente a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) havia negado a escolta, alegando que não havia contingente suficiente de policiais para acompanhar o filho até o município goiano.
Segundo Evandro, a justificativa da pasta também considerava a distância de cerca de 100 quilômetros entre o Complexo Penitenciário da Papuda e a cidade de Formosa. Apesar da alegação, Lucas foi escoltado e pôde comparecer à cerimônia.
A prisão de Lucas
Lucas Costa Brasileiro foi preso em 8 de janeiro de 2023, acusado de envolvimento direto nos atos antidemocráticos que resultaram na depredação de prédios públicos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Dias depois, conseguiu liberdade provisória, mas voltou a ser detido em junho de 2024, no curso da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal.

De acordo com as investigações, a recaptura ocorreu por “fundado receio de fuga”, ou seja, suspeita de que o réu pudesse tentar escapar do país para evitar a execução da pena.
Ainda em junho de 2024, o pai de Lucas denunciou por meio das redes sociais que o filho teria sido espancado por policiais penais na Papuda. A Seape-DF confirmou, à época, que o interno foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames, além da abertura de um procedimento administrativo para apurar a denúncia.
Nota oficial da Seape-DF
Em resposta às informações sobre a saída de Lucas, a Seape-DF confirmou a escolta para o velório e destacou que a operação foi concluída sem intercorrências.
A secretaria classificou a ação como de alto risco, devido ao número de pessoas presentes e ao deslocamento externo, ressaltando que esse tipo de missão exige “planejamento rigoroso, efetivo policial adequado e recursos de segurança para garantir a integridade da equipe e do custodiado”.
A Seape, entretanto, não informou quantos policiais participaram da operação.
*Com informações de Metrópoles
