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Em entrevista exclusiva, Luciane Barbosa diz: “Nunca me encontrei com Dino. Estão acusando ele injustamente”

Conhecida como "dama do tráfico amazonense", Luciane falou sobre visitas ao Ministério da Justiça que viraram manchete nacional.

Luciane Barbosa Farias, que ficou intitulada nacionalmente como “a dama do tráfico amazonense”, foi entrevistada nesta quarta, 15/11, no programa Meio Dia com Jefferson Coronel, da Rede da Onda Digital. Ela falou com exclusividade sobre a polêmica envolvendo suas visitas a sede do Ministério da Justiça, reveladas em reportagem recente do jornal Estadão.

Luciane é casada com Clemilson Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, apontado como um dos líderes da facção Comando Vermelho no Amazonas. Ela também é menbro  da ONG Instituto Liberdade do Amazonas, que atua dentro do sistema prisional do estado.

Luciane começou negando a alcunha que recebeu da imprensa:

“Eu não sou a dama do tráfico. Essa alcunha me foi imputada por jornais de SP e tem me causado extremo constrangimento. O fato de ser casada com pessoa que cumpre pena no sistema prisional não faz de mim dama do tráfico. Estão me usando para a atacar o governo e não compactuo com isso”.


Leia mais:

Saiba quem são “Tio Patinhas” e “dama do tráfico” do AM

Lula defende Dino após polêmica da “dama do tráfico” do AM: “Não há foto”


Ela também falou sobre a sua situação envolvendo uma condenação por lavagem de dinheiro pelo Ministério Público do Amazonas:

“Não cumpro pena. Quero esclarecer que, inclusive, na minha visita ao ministério eu nem tinha sido condenada. Não estou impedida de ir e vir. Ainda não transitou em julgado. Não existe condenação, o processo ainda não terminou”.

Veja o vídeo sobre o momento em que nega contato com o ministro:

Luciane esclareceu sobre suas duas visitas ao prédio do Ministério da Justiça em Brasília:

“Eu não tinha contato de nenhum dos secretários, e até hoje não tenho. O contato foi feito pessoalmente lá. A doutora Janira conhecia o secretário e pediu a reunião. Sou presidente do Instituto e meu trabalho não é crime, levanto sim a bandeira dos direitos humanos para pessoas no sistema penal e para os que saem, pois é difícil conseguir oportunidade. Dou a mão pra essas pessoas, ofereço cursos e tento ajudar com empregos. As pessoas da direita só me atacam, ao invés de me ajudar”.

Se eu tivesse feito alguma coisa errada, teria postado fotos do meu encontro lá? Fui ao ministério deixar um dossiê sobre a situação penal no estado.

Ninguém de Manaus facilitou a minha ida ao ministério. Foi tudo intermediado pela doutora Janira. Não fui ao ministério sozinha, fui com uma mãe que teve o filho assassinado.

Meu nome foi encaminhado. Não entrei no gabinete do ministro, só vi o ministro [Dino] de longe, na Câmara dos Deputados. Estão acusando o homem injustamente, ele não me recebeu, e também não me reuni sozinha com nenhum dos secretários”.

Luciane também comentou as fotos que tirou com deputados que viralizaram na internet:

“Minhas fotos com deputados, como o Janones ou Boulos, foram tiradas dentro da casa do povo. Não tenho interferência se defendem A ou B. Se alguém chega lá pedindo para tirar fotos, era pra eles não tirarem? Eles não sabiam que sou esposa do Clemilson”.

Foto: Mikaella Moraes

Ela continuou:

“Reitero que não fui tratar de assunto pessoal meu ou do meu esposo com o ministério, fui tratar da minha agenda de prevenção e combate a tortura.

O instituto pagou minha passagem para a primeira viagem, já o Ministério dos Direitos Humanos pagou a segunda e o meu hotel. É natural que as pessoas tenham suas passagens pagas, foi enviado um convite para a audiência.

Nunca vi o ministro dos Direitos Humanos. Estive lá [no Ministério dos Direitos Humanos] junto com o secretário Elias Vaz e a doutora Janira.

Jamais imaginei que essa visita causaria tanta polêmica, e estou tomando as medidas cabíveis dentro dessa situação. Essa alcunha é nacional e tá virando internacional, e só existe na cabeça de gente sensacionalista”.

Luciane disse que o instituto que ela preside não recebe recurso público:

“O instituto recebe doações e tudo é registrado. Tô lutando pra passar em edital e receber recursos públicos, mas ainda não aconteceu.

Não fui buscar recurso no ministério, apenas entreguei o dossiê com recomendações do CNJ. Não pedi nada deles”.

Ela também fez questão de reiterar sua situação legal:

“Nunca fui indiciada em delegacia para iniciar o processo. Após a prisão do meu esposo, 3 meses depois fui indiciada e minha situação financeira foi examinada. Na época em que meu marido foi preso eu tinha uma loja de roupas e um salão de beleza, que é de onde vem a minha renda.

Eu nunca me escondi, sempre respondi ao meu processo. Tô sendo acusada de movimentar recursos do tráfico, mas nunca fiz isso. Respondi a todo o processo em liberdade.

Não sou a dama do tráfico: essa acusação é leviana. E não sou condenada, meu recurso ainda está sendo apreciado. Estou dando essa entrevista para passar minha história como instituto, porque apagaram todo o meu trabalho”.

Luciane ainda afirmou que não teve retorno do Ministério a respeito das informações sobre o sistema prisional apresentadas no dossiê. As visitas dela ao Ministério da Justiça ocorreram em março deste ano.

Ela concluiu:

“Minha saúde mental está ficando abalada, não quero mais ficar falando sobre isso. As pessoas estão inventando muitas mentiras com meu nome. Meu marido errou, tá no sistema e tá pagando, e a pena dele está sendo transferida pros familiares. Tô sendo massacrada e quis dar a minha versão.

O Estadão não me procurou para fazer a matéria. Mas agora as pessoas vão me chamar por essa alcunha, não há mais o que fazer. Posso processar toda a imprensa, mas isso não vai passar”.

“A escolha do meu esposo foi individual dele. Ele errou e responde a processo por tráfico. Por muitos anos briguei com ele e pedi pra ele parar. Hoje ele está no sistema e vai ficar com uma marca na testa pra sempre, e agora essa marca está passando para mim”.

Você pode conferir a entrevista completa com Luciane Barbosa Farias clicando aqui.

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Luciane Barbosa Farias, que ficou intitulada nacionalmente como “a dama do tráfico amazonense”, foi entrevistada nesta quarta, 15/11, no programa Meio Dia com Jefferson Coronel, da Rede da Onda Digital. Ela falou com exclusividade sobre a polêmica envolvendo suas visitas a sede do Ministério da Justiça, reveladas em reportagem recente do jornal Estadão.

Luciane é casada com Clemilson Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, apontado como um dos líderes da facção Comando Vermelho no Amazonas. Ela também é menbro  da ONG Instituto Liberdade do Amazonas, que atua dentro do sistema prisional do estado.

Luciane começou negando a alcunha que recebeu da imprensa:

“Eu não sou a dama do tráfico. Essa alcunha me foi imputada por jornais de SP e tem me causado extremo constrangimento. O fato de ser casada com pessoa que cumpre pena no sistema prisional não faz de mim dama do tráfico. Estão me usando para a atacar o governo e não compactuo com isso”.


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Veja o vídeo sobre o momento em que nega contato com o ministro:

Luciane esclareceu sobre suas duas visitas ao prédio do Ministério da Justiça em Brasília:

“Eu não tinha contato de nenhum dos secretários, e até hoje não tenho. O contato foi feito pessoalmente lá. A doutora Janira conhecia o secretário e pediu a reunião. Sou presidente do Instituto e meu trabalho não é crime, levanto sim a bandeira dos direitos humanos para pessoas no sistema penal e para os que saem, pois é difícil conseguir oportunidade. Dou a mão pra essas pessoas, ofereço cursos e tento ajudar com empregos. As pessoas da direita só me atacam, ao invés de me ajudar”.

Se eu tivesse feito alguma coisa errada, teria postado fotos do meu encontro lá? Fui ao ministério deixar um dossiê sobre a situação penal no estado.

Ninguém de Manaus facilitou a minha ida ao ministério. Foi tudo intermediado pela doutora Janira. Não fui ao ministério sozinha, fui com uma mãe que teve o filho assassinado.

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Luciane também comentou as fotos que tirou com deputados que viralizaram na internet:

“Minhas fotos com deputados, como o Janones ou Boulos, foram tiradas dentro da casa do povo. Não tenho interferência se defendem A ou B. Se alguém chega lá pedindo para tirar fotos, era pra eles não tirarem? Eles não sabiam que sou esposa do Clemilson”.

Foto: Mikaella Moraes

Ela continuou:

“Reitero que não fui tratar de assunto pessoal meu ou do meu esposo com o ministério, fui tratar da minha agenda de prevenção e combate a tortura.

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Nunca vi o ministro dos Direitos Humanos. Estive lá [no Ministério dos Direitos Humanos] junto com o secretário Elias Vaz e a doutora Janira.

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Luciane disse que o instituto que ela preside não recebe recurso público:

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Ela também fez questão de reiterar sua situação legal:

“Nunca fui indiciada em delegacia para iniciar o processo. Após a prisão do meu esposo, 3 meses depois fui indiciada e minha situação financeira foi examinada. Na época em que meu marido foi preso eu tinha uma loja de roupas e um salão de beleza, que é de onde vem a minha renda.

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Não sou a dama do tráfico: essa acusação é leviana. E não sou condenada, meu recurso ainda está sendo apreciado. Estou dando essa entrevista para passar minha história como instituto, porque apagaram todo o meu trabalho”.

Luciane ainda afirmou que não teve retorno do Ministério a respeito das informações sobre o sistema prisional apresentadas no dossiê. As visitas dela ao Ministério da Justiça ocorreram em março deste ano.

Ela concluiu:

“Minha saúde mental está ficando abalada, não quero mais ficar falando sobre isso. As pessoas estão inventando muitas mentiras com meu nome. Meu marido errou, tá no sistema e tá pagando, e a pena dele está sendo transferida pros familiares. Tô sendo massacrada e quis dar a minha versão.

O Estadão não me procurou para fazer a matéria. Mas agora as pessoas vão me chamar por essa alcunha, não há mais o que fazer. Posso processar toda a imprensa, mas isso não vai passar”.

“A escolha do meu esposo foi individual dele. Ele errou e responde a processo por tráfico. Por muitos anos briguei com ele e pedi pra ele parar. Hoje ele está no sistema e vai ficar com uma marca na testa pra sempre, e agora essa marca está passando para mim”.

Você pode conferir a entrevista completa com Luciane Barbosa Farias clicando aqui.

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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