O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou na segunda-feira, (24), que houve erros na comunicação sobre as falas de Bolsonaro a respeito da Reforma Tributária. A afirmação de Valdemar coloca em cheque as afirmações também feitas pelo deputado federal, Capitão Alberto Neto, sobre o voto contrário à pauta quando esteve em tramitação no Congresso.
O voto contrário de Alberto Neto ao texto da reforma tributária seguiu indicação de Bolsonaro, que no dia da votação do texto na Câmara, emitiu nota pedindo que os deputados do PL votassem contra a PEC. O voto de Alberto gerou diversas críticas à época, visto que para garantir o apoio da banca amazonense, o relator do texto, deputado Agnaldo Ribeiro (PP-PB), acrescentou medidas que salvaguardam a Zona Franca de Manaus (ZFM). Somente Alberto Neto foi contrário ao texto.
“Esse partido [PT] não se preocupa com povo e com a família, não respeita a propriedade privada, defende bandidos, desarma o cidadão de bem… Apenas deseja o poder absoluto a qualquer preço. Não podemos apoiá-los em nada. Nos roubar a liberdade e nos escravizar é sua meta. Do exposto, a todos aqueles que se elegeram com nossas bandeiras de “Deus, Pátria, Família e Liberdade”, peço que votem contra a PEC da Reforma Tributária”, diz trecho da nota publicada por Bolsonaro.
Valdemar declarou que todos os deputados da sigla são favoráveis à reforma tributária, mas não da forma como o texto foi redigido na Câmara. O presidente nacional do PL disse que acredita na possibilidade de Bolsonaro apoiar o texto, após apreciação do Senado.
“Mudou o texto no dia. Tinha que dar um tempo para o pessoal estudar um negócio de tamanha importância”, disse. Não descartou a possibilidade de Bolsonaro se tornar favorável à proposta: “Vamos ver se ele não muda [de opinião] quando chegar no Senado”.