Dino aponta “ultracapitalização” de facções criminosas como causa do caos no Rio após megaoperação

Ministro Flávio Dino – (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF).
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), atribuiu à “ultracapitalização” das facções criminosas a crise de segurança no Rio de Janeiro, após a megaoperação da Polícia Civil realizada na terça-feira (28/10). Segundo ele, o poder financeiro dessas organizações explica o cenário de violência que tomou conta do estado.
“Por que que está esse caos lá? Porque as facções criminosas estão ultracapitalizadas, certo? E elas se capitalizam como? Só vendendo droga? Não, é dentro do mercado formal. Foi-se o tempo em que as facções criminosas no Brasil viviam apenas de mercado ilegal”, afirmou Dino durante o Fórum Nacional Brasil Export Infraestrutura 2025.
O ministro destacou ainda que “as facções criminosas são, hoje, grandes operadoras de garimpo, são grandes operadoras no mercado imobiliário, são grandes operadoras no mercado de combustível”, afirmou.
Antes de assumir o cargo no STF, Flávio Dino comandou o Ministério da Justiça e Segurança Pública no primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sendo sucedido por Ricardo Lewandowski.
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Megaoperação no Rio de Janeiro
A operação que motivou as declarações foi considerada a mais letal da história do Rio, com 64 mortos — 60 suspeitos e quatro policiais (dois civis e dois do BOPE). O governador Cláudio Castro (PL) declarou, em entrevista à CNN Brasil, que a ação foi planejada com antecedência.
“Foi uma operação planejada, que começa com cumprimento de mandado judicial, investigação de um ano e um planejamento de 60 dias, que o Ministério Público participou. Não é uma operação de alguém que acordou e resolveu fazer uma grande operação”, afirmou Castro.
O balanço final da operação resultou na apreensão de 93 fuzis e em 81 prisões.
*com informações de CNN






