As principais notícias de Manaus, Amazonas, Brasil e do mundo. Política, economia, esportes e muito mais, com credibilidade e atualização em tempo real.
Rede Onda Digital
Assista a TV 8.2

Dino aponta “ultracapitalização” de facções criminosas como causa do caos no Rio após megaoperação

Segundo ele, o poder financeiro dessas organizações explica o cenário de violência que tomou conta do estado
29/10/25 às 08:41h
Dino aponta “ultracapitalização” de facções criminosas como causa do caos no Rio após megaoperação

Ministro Flávio Dino – (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF).

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), atribuiu à “ultracapitalização” das facções criminosas a crise de segurança no Rio de Janeiro, após a megaoperação da Polícia Civil realizada na terça-feira (28/10). Segundo ele, o poder financeiro dessas organizações explica o cenário de violência que tomou conta do estado.

“Por que que está esse caos lá? Porque as facções criminosas estão ultracapitalizadas, certo? E elas se capitalizam como? Só vendendo droga? Não, é dentro do mercado formal. Foi-se o tempo em que as facções criminosas no Brasil viviam apenas de mercado ilegal”, afirmou Dino durante o Fórum Nacional Brasil Export Infraestrutura 2025.

O ministro destacou ainda que “as facções criminosas são, hoje, grandes operadoras de garimpo, são grandes operadoras no mercado imobiliário, são grandes operadoras no mercado de combustível”, afirmou.

Antes de assumir o cargo no STF, Flávio Dino comandou o Ministério da Justiça e Segurança Pública no primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sendo sucedido por Ricardo Lewandowski.


Leia mais:


Megaoperação no Rio de Janeiro

A operação que motivou as declarações foi considerada a mais letal da história do Rio, com 64 mortos — 60 suspeitos e quatro policiais (dois civis e dois do BOPE). O governador Cláudio Castro (PL) declarou, em entrevista à CNN Brasil, que a ação foi planejada com antecedência.

“Foi uma operação planejada, que começa com cumprimento de mandado judicial, investigação de um ano e um planejamento de 60 dias, que o Ministério Público participou. Não é uma operação de alguém que acordou e resolveu fazer uma grande operação”, afirmou Castro.

O balanço final da operação resultou na apreensão de 93 fuzis e em 81 prisões.

*com informações de CNN