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Ministro da Defesa admite “indisciplinados”, mas nega que Forças Armadas queriam golpe

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O ministro da Defesa, José Múcio, disse à CNN que havia um grupo de “indisciplinados” dentro das Forças Armadas, mas Exército, Marinha e Aeronáutica não queriam aderir a um movimento golpista. Segundo ele, isso ficou evidente no dia 8 de janeiro de 2023.

“As instituições estavam absolutamente ao lado da democracia. Exército, Aeronáutica e Marinha estavam absolutamente a favor da Constituição. Evidentemente que você tinha (indisciplinados). Como num clube de futebol, tem um jogador indisciplinado no jogo, você tira o indisciplinado, mas o time continua”, disse.

O ministro se reuniu com os comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica horas após ocorrer a depredação às sedes dos Poderes. Naquele momento, o acampamento em frente ao quartel-general (QG) do Exército, de onde parte dos vândalos partiu em direção à Esplanada, ainda não havia sido desfeito.


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De acordo com Múcio, os acampamentos montados em frente a quartéis e unidades militares pelo país fizeram parte de uma “dissidência interna” das Forças Armadas, principalmente do Exército.

Segundo Múcio, havia dois tipos de oficiais: os “legalistas, que seguiam os preceitos constitucionais”, e os que “não tinham se conformado com o resultado das eleições”.

“Ali [nos acampamentos] tinha militares indignados que iam trabalhar e deixavam a família. Virou um fim de tarde para muitas famílias”, afirmou.

Para o ministro, não havia “nada” em que se apoiar para determinar a retirada “abrupta” das pessoas dos acampamentos. “A Justiça poderia ter dito ‘tire’, mas não disse. Havia uma certa conivência, nós percebemos. E talvez não mexer permitiu que chegássemos a isso”, declarou.

Em Brasília, o acampamento montado desde novembro de 2022 em frente ao QG do Exército serviu como uma espécie de base de onde saiu boa parte dos invasores das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.

“Não podíamos tomar a iniciativa (de tirar), porque íamos mexer com muita gente que nós não podíamos mexer. Eu tinha consciência que aquilo era uma coisa muito delicada para a gente tomar uma providência que não tivesse muita responsabilidade e tivesse muito bem respaldada”, pontuou o ministro.

O ministro da Defesa disse que passou a acompanhar os acampamentos para avaliar a situação. “Ia todos os dias quando vinha para o trabalho, passava sempre preocupado se o número estava aumentando ou diminuindo. Mas a Justiça não se manifestou para mandar tirar”, disse.

As declarações de Múcio fazem parte de entrevista ao especial da CNN sobre atos do dia 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas. A série de reportagens será exibida ao longo da próxima semana.

Militares

José Múcio disse que é do interesse das Forças Armadas que os suspeitos de envolvimento nos atos sejam “detectados para que sejam punidos”.

Em fevereiro, o ministro Alexandre de Moraes fixou o Supremo Tribunal Federal como órgão competente para julgar militares envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Até o momento, não foi oferecida denúncia no Supremo contra algum militar.

O ministro declarou que houve “uma mistura muito grande” dos mundos político e militar. Ele afirmou que um episódio como o de 8 de janeiro não se repetirá mais.

“Aquilo foi um alerta. Tiramos algumas coisas positivas daquilo, algumas precauções que não tivemos naquele momento. O ambiente do governo, da classe política com a classe militar, é o mais pacífico possível, todos com responsabilidade de servir ao país”, destacou Múcio.

*Com informações da CNN Brasil

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