As principais notícias de Manaus, Amazonas, Brasil e do mundo. Política, economia, esportes e muito mais, com credibilidade e atualização em tempo real.
Rede Onda Digital
Ouça a Rádio 92,3Assista a TV 8.2

Débora Menezes critica fala do presidente da Colômbia sobre ‘legalização de drogas’

Fala do político aconteceu na inauguração do CCPI-Amazônia, na presença de Lula
Débora Menezes critica fala do presidente da Colômbia sobre ‘legalização de drogas’

Foto: Reprodução/Aleam

A deputada estadual Débora Menezes (PL) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta quarta-feira (10/9), para criticar a fala do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, sobre a legalização de drogas do Brasil.

No início da fala, a parlamentar cita o líder do país vizinho como “amigo esquerdista” do presidente do país, Lula.

“O estranho é que é feito todo um teatro e quem vem é o seu amigo, presidente da Colômbia, e esquerdista que vem com um discurso de que ‘para resolvermos os problemas da Amazônia, a resposta é a legalização das drogas”, declarou ela.

Ainda na tribuna, ela teceu críticas ao governo Lula.

“Como a gente não espera nada desse desgoverno então, a gente não pode nem ficar abismado em cenas como essa”, declarou ela.

Veja a fala da parlamentar:

Mais tarde, o também deputado estadual do Partido Liberal, Delegado Péricles, criticou a fala do líder colombiano, alegando envolvimento do político com ‘narcotráfico’.

“É evidente que é por interesses pessoais, porque ele tem envolvimento com o narcotráfico. Assim como outro aliado do presidente Lula que tem envolvimento direto com o narcotráfico, que é Nicolas Maduro”, disse ele.

Rozenha (PMB), também criticou a fala de Gustavo Petro e opinou que o Itamarati se retrate sobre a fala.

O que disse Gustavo Petro?

Petro afirmou, em discurso na inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI-Amazônia), nesta terça-feira (9/9), em Manaus, que a atual política antidrogas, historicamente impulsionada pelos Estados Unidos, fracassou. Para ele, a proibição apenas fortaleceu máfias internacionais, responsáveis por violência, tráfico e destruição da floresta amazônica. “Se a cocaína fosse legalizada no mundo, não haveria essa destruição da Amazônia”, disse.

“Esse é um tema de discussão, a América latina deveria discutir sem temor, sem constrangimento, sem vergonha de discutir, porque é como se nós fossemos criminosos e estamos agachando a cabeça para uma política criminosa, uma política feita em Nova York, uma política fracassada”, declarou.

O presidente colombiano também citou o exemplo da maconha, lembrando que, no passado, jovens chegaram a ser presos por fumar um cigarro, enquanto hoje a droga já é regulamentada e tributada em vários países. “Essa foi uma estupidez latino-americana. Agora existem coisas piores que a maconha, como o álcool”, afirmou.

“Qual é a demonstração do fracasso? Os gringos, agora estão usando o fentanil e morrem aos milhares  e quando era cocaína morriam muito menos. E quando era maconha, menos ainda. E quantas pessoas morreram na América Latina, começando pela Colômbia, porque legalizaram a maconha e que agora ela é usada nas ruas, por exemplo?”, disse o presidente colombiano.

Apesar da defesa da legalização como alternativa de longo prazo, Petro ressaltou que o combate ao crime organizado ainda exige integração entre países e forças policiais. Ele defendeu maior cooperação internacional e até a atuação conjunta dos exércitos latino-americanos na proteção da Amazônia.

Veja a fala de Gustavo:


Leia também:

Durante inauguração de centro policial em Manaus, Gustavo Petro fala em legalização das drogas

VÍDEO: Lula causa alvoroço em visita à Ufam com direito a coro de ‘sem anistia’


Críticas à Marina Silva

Ainda na fala, a parlamentar criticou a Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas no Brasil, Marina Silva, pela falta de posicionamento sobre a repavimentação da BR-319 durante a visita à Manaus.

“Veio o presidente Lula, veio a ministra Marina, e ninguém dá um ‘ai’ sobre a BR-319”, e, em seguida citou um decreto que, segundo ela, tem como objetivo vender rios da Amazônia.