O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), afirmou que reenviará à Câmara Municipal (CMM) a solicitação de empréstimo de R$ 600 milhões, a qual foi rejeitada pelos vereadores durante a votação da última quarta-feira (08/11).
O chefe do executivo municipal destacou que a cidade necessita desses recursos para realizar investimentos, uma vez que, atualmente, dispõe de liquidez apenas para quitar contas, pagar servidores e honrar contratos.
A fala foi durante a noite da quinta-feira (9), na entrega da primeira praça molhada do Cajual, localizada na Alameda São Benedito, bairro Morro da Liberdade, zona Sul da capital. Segundo David, a prefeitura não tem dinheiro para investimentos, somente para pagar custos, por isso a necessidade do empréstimo.
“Não temos dinheiro para investir, temos para pagar as contas, contratos, servidores, mas falta dinheiro para investimento. Não foi ao prefeito que isso foi negado, foi a população que foi prejudicada pelos seus representantes, essa é a realidade. É isso que aconteceu, sem falar que nós deixamos de gerar oito mil empregos. Não prejudicaram a mim, esse prejuízo foi para a população”, disse Almeida.
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David Almeida também falou sobre o episódio da tarde de quinta onde a CMM comunicou que teve um orçamento orçamento de R$ 4 milhões bloqueado pela Prefeitura de Manaus. O prefeito explicou que a Secretaria Municipal de Finanças e Tecnologia da Informação (Semef) realizou uma correção no Sistema de Administração Financeira Integrada Municipal (AFIM) em relação aos pagamentos destinados à Câmara.
“A forma como esse pagamento é feito resulta da soma dos recursos arrecadados com impostos e transferências previstas na lei federal. No entanto, houve um problema que precisou ser resolvido: o valor autorizado para o respectivo repasse excedeu o limite estabelecido na Constituição Federal, que era de R$ 1,620 milhão. Por esse motivo, foi necessário bloquear a parte extra desse dinheiro para evitar problemas de orçamento e os repasses seguirem normalmente até o último mês do atual exercício fiscal”.