COP30: Wilson Lima lança Plano de Bioeconomia e Política de Transição Energética

Fotos: Diego Peres/Secom
Nesta terça-feira (11/11), durante a COP30, em Belém (PA), governador Wilson Lima lançou, dois marcos históricos para o desenvolvimento sustentável do Amazonas: o Plano Estadual de Bioeconomia e a Política Estadual de Transição Energética (PETEN). As iniciativas projetam o estado como referência mundial na economia verde e na transição para fontes limpas de energia.
As apresentações ocorreram na Green Zone do Pavilhão da Amazônia, com a presença de secretários de Estado, pesquisadores, representantes de comunidades tradicionais e autoridades internacionais. O lançamento também contou com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que exibiu portfólios com resultados e investimentos em inovação voltados à sustentabilidade e à adaptação climática.
“Esse é o plano que vai nortear as ações do Estado a partir de agora, para gerações futuras. É um guia do desenvolvimento sustentável, alinhado aos objetivos da ONU e às políticas mais modernas”, destacou Wilson Lima.
Veja o post:
Plano de Bioeconomia: floresta em pé, economia em movimento
Construído pela Sedecti com a participação dos 62 municípios do Amazonas, o plano define metas para uma economia de baixo carbono, inclusiva e baseada na sociobiodiversidade. A proposta articula o modelo industrial da Zona Franca de Manaus com a bioeconomia florestal, incentivando inovação tecnológica, diversificação produtiva e valorização do conhecimento tradicional.
Organizado em cinco eixos estratégicos, o documento promove o uso sustentável dos recursos da floresta e orienta políticas públicas para fortalecer cadeias produtivas locais e certificados de origem da Amazônia.
Transição Energética: energia limpa até os rincões do estado
Elaborada pela Secretaria de Energia, Mineração e Gás (Semig), a PETEN cria as bases legais para uma mudança profunda na matriz energética amazonense. O plano prevê redução de até 50% no consumo de diesel até 2030 nos sistemas isolados e amplia o uso de fontes renováveis, como solar e biomassa.
A política foi construída com ampla participação social, em audiências públicas na capital e no interior. Além de estabelecer incentivos fiscais e creditícios, o documento prevê a implementação do Programa Estadual de Transição Energética em até 180 dias, com revisão anual e transparência pública dos resultados.
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Ciência e inovação a serviço do clima
A Fapeam apresentou portfólios com R$ 900 milhões em investimentos e mais de 20 mil projetos de pesquisa entre 2019 e 2025. Os materiais incluem o Catálogo CTC/AM 2025 e o Inventário de ações sobre estiagem e eventos extremos, que mostram como a ciência tem orientado o planejamento ambiental e a resposta do Estado às mudanças climáticas.
As publicações reforçam o papel da pesquisa e da inovação na formulação de políticas públicas sustentáveis e consolidam o Amazonas entre os estados que mais investem em ciência aplicada à transição ecológica.
Rumo à neutralidade de carbono
As novas políticas fazem parte do Programa Amazonas 2030, que integra ações em bioeconomia, energia e ciência para atingir a neutralidade de carbono e o desmatamento líquido zero até 2030.
Na segunda-feira (10/11), Wilson Lima também assinou o primeiro contrato de REDD+ em uma unidade de conservação estadual, o Parque Estadual do Sucunduri, e anunciou o primeiro concurso público da história da Sema, reforçando o compromisso do governo com a governança ambiental e o fortalecimento institucional.






