Celso Sabino pode levar até 60 dias para ser expulso do União Brasil; entenda

(Foto: Divulgação)
O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), pode levar até 60 dias para ser expulso do partido, caso a legenda confirme a decisão de puni-lo por adiar sua saída do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) além do prazo estabelecido. O caso será analisado nesta quarta-feira (8/10) pela Executiva Nacional do União Brasil, que vai julgar o parecer do deputado Fabio Schiochet (União-SC), relator do processo, que defende a expulsão do ministro.
Inicialmente, a cúpula do União Brasil defendia uma expulsão sumária, mas o relator optou por retirar de Sabino o comando do diretório estadual do partido no Pará e abrir um processo regular de desfiliação, garantindo o direito de defesa. Essa decisão, na prática, dá sobrevida política ao ministro e pode adiar sua saída até a realização da COP 30, evento da ONU sobre mudanças climáticas que acontecerá em novembro, em Belém (PA) — reduto eleitoral de Sabino.

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Segundo Schiochet, uma expulsão imediata poderia gerar insegurança jurídica dentro do partido, mas o mérito do processo continua o mesmo: Sabino descumpriu uma determinação da Executiva Nacional para que deixasse o governo federal até a última terça-feira (7/10), o que não ocorreu.
O processo disciplinar foi aberto após uma denúncia apresentada à direção do União Brasil em 29 de setembro, na qual correligionários alegaram que o ministro ignorou o prazo definido pela legenda.
Com a perda do controle partidário no Pará, Sabino tende a perder força para articular sua candidatura à reeleição. O desgaste aumentou após a Executiva Nacional tomar conhecimento de que o ministro buscou outros partidos para se filiar e teria tentado envolver o Palácio do Planalto para pressionar o União Brasil a mantê-lo no cargo.
Sabino pede demissão
No dia 26 de setembro, Sabino havia anunciado publicamente que pediu demissão do Ministério do Turismo, sinalizando que acataria a ordem do partido.
No entanto, dez dias após o comunicado, ele segue no cargo e após afirmar que permaneceria até o fim da semana passada para acompanhar o presidente Lula em agendas relacionadas à organização da COP 30 no Pará.
*com informações de G1 e CNN
