O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, entregou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um pacote de propostas para reforçar a segurança pública no estado. O encontro, nesta quarta-feira (25), ocorre em meio a uma série de agendas de Castro em Brasília para debater a onda de violência no Rio.
Castro propôs endurecimento de penas e a criação de gabinetes regionais contra a lavagem de dinheiro.
“O endurecimento das penas é fundamental para que a gente possa gerar medo, ter um desincentivo para que esses criminosos cometam crimes”, afirmou o governador.
Ele criticou a progressão de penas e citou casos de violência que ocorreram nas últimas semanas, como a morte de três médicos e os ataques a 35 ônibus após o sobrinho de um miliciano morrer.
“Queimar ônibus, gerar medo na população é terrorismo. A lei brasileira de terrorismo causa dificuldade para que a gente possa fazer os indiciamentos. Hoje, eu e a bancada do Rio viemos fazer algumas propostas para o Senado”, disse o governador.
Ao todo, foram cinco propostas apresentadas: fim da progressão de pena para criminosos com arma de guerra; fim da progressão de pena para criminosos envolvidos com lavagem de dinheiro; fim da progressão de pena para criminosos que atuem em serviços concessionados; tarifa social em áreas elegíveis para serviços como energia, água, luz, televisão a cabo e internet; criação de gabinetes regionais contra a lavagem de dinheiro.
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Atuação com governo federal
O governador do Rio também mencionou as reuniões com o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o secretário executivo da pasta, Ricardo Capelli.
“Temos dialogado quase diariamente”, afirmou.
Questionado sobre a responsabilidade acerca da crise na segurança pública no Brasil, Castro afirmou que o problema não é de gestores federais ou estaduais.
“É de todos. Tem área que é federal, tem área que é estadual. Esse é um problema de todos. Quando cada um fizer a sua parte vamos resolver o problema”, concluiu.