O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participa, nesta terça-feira (18/02), de um almoço com senadores da oposição no Senado Federal. O encontro tem o objetivo de viabilizar uma anistia para os condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e, ao mesmo tempo, recuperar elegibilidade do ex-mandatário.
A reunião, organizada por parlamentares do PL e do Novo, acontece tradicionalmente às terças-feiras e, nesta primeira edição do ano, contará com a presença de Bolsonaro. Embora não haja uma pauta definida, espera-se que o ex-presidente discuta as prioridades da oposição no Congresso, incluindo a possibilidade de anistia para os envolvidos nos atos antidemocráticos.
“Esse é um encontro que ocorre toda terça-feira com os senadores de oposição. O (ex-)presidente Bolsonaro foi convidado para conversar conosco a respeito do início do ano legislativo e das diversas pautas importantes que interessam ao povo brasileiro, incluindo anistia, conjuntura e outros temas. Não há pauta fechada”, disse o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN).
Os senadores que participarão do almoço esperam que Bolsonaro também aborde as manifestações contra o governo Lula. O ex-presidente busca manter sua base coesa e estimular a mobilização popular em meio às investigações que ameaçam seu futuro político.

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Bolsonaro pode ser denunciado pela PGR esta semana
Bolsonaro e aliados enfrentam uma escalada de pressão judicial, com a expectativa de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente, ainda nesta semana, as conclusões sobre a investigação da trama golpista. Isso pode resultar em uma nova denúncia contra o ex-presidente por suposta tentativa de permanecer no poder e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Enquanto isso, a proposta de anistia já tramita na Câmara dos Deputados, mas enfrenta dificuldades para avançar. Bolsonaro tenta articular apoio para evitar que a medida seja barrada no Senado.
Na semana passada, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), recebeu familiares de um dos condenados pelos atos golpistas, enquanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), ainda não se manifestou publicamente sobre o tema.

*Com informações de O Globo