Durante a live semanal transmitida via redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro comentou, nessa quinta-feira (24), as denúncias de corrupção envolvendo o ministro da Educação, Milton Ribeiro. “[Sobre] o Milton, coisa rara eu falar aqui: eu boto minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia com ele”, afirmou.
Ribeiro é investigado sob acusação de beneficiar a liberação de recursos para prefeituras por meio da intermediação de dois pastores. Os religiosos também são alvo do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).
“Se ele estivesse armando, não teria botado na agenda oficial aberta ao público. É muito simples: quando o cara quer armar, ele vai pelado na piscina, num fim de mundo, na beira da praia. Ele não bota o nome do corruptor na agenda”, acrescentou Bolsonaro, durante a transmissão.
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Em nota enviada à imprensa, Milton Ribeiro negou favorecimento na distribuição de verbas federais. Segundo ele, o procedimento segue a legislação orçamentária.
“Não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”, alegou o ministro.
Ressarcimento
Durante a live, Bolsonaro também comentou a ação de improbidade administrativa, enviada pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça Federal, contra o presidente e a ex-secretária parlamentar da Câmara dos Deputados Walderice Santos da Conceição.
A ação, que pede também o ressarcimento de recursos públicos, refere-se ao período em que Bolsonaro atuou como deputado federal. Segundo o MPF, Walderice, conhecida como Wal do Açaí, não esteve em Brasília durante o período e não exerceu função relacionada ao cargo. A ação cita ainda movimentação atípica na conta bancária da ex-secretária, com saques em espécie de mais de 80% da remuneração.
“Ela nunca esteve em Brasília. Estou confessando aqui”, disse o presidente. Segundo ele, é prática comum os parlamentares distribuírem os assessores do mandato entre o gabinete em Brasília e o estado de origem.
Via Agência Brasil