O ex-presidente Jair Bolsonaro classificou como “escárnio internacional” a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de conceder asilo político para a ex-primeira-dama do Peru, que foi condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro.
Bolsonaro, está internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, se recuperando de uma cirurgia de reconstrução abdominal.
O ex-presidente usou as redes sociais publicando que a imagem do Brasil é manchada por episódios que envergonham o brasileiro e ferem a dignidade nacional. E concluiu que o país está sendo entregue “à inversão de valores, ao autoritarismo e ao escárnio internacional”, ao se referir à concessão de asilo humanitário, para a acusada de lavagem de dinheiro de recursos da Odebrecht que financiaram as campanhas de Humala de 2006 e 2011, no Peru.
“Corruptos condenados por lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos passaram a ser recebidos como ‘perseguidos políticos’, transportados pela Força Aérea Brasileira e acolhidos com honrarias por um governo que distorce o instituto do asilo para se solidarizar com quem rouba do próprio povo”, reagiu Bolsonaro.
– Nos últimos dias, assistimos a episódios que mancham a imagem do Brasil, envergonham nosso povo e ferem a dignidade nacional.
– Mesmo na UTI, onde tudo chega com atraso, as notícias não deixam de chegar. E o que se ouve, dia após dia, é o mesmo: um país sendo entregue, pouco a…
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 18, 2025
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Asilo concedido
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o Brasil concedeu asilo diplomático a Nadine Heredia, e ao filho dela de 14 anos, por razões humanitárias.
Vieira disse que a ex-primeira-dama foi recentemente operada por uma questão grave de coluna vertebral e precisa continuar em tratamento no Brasil, que seria de um câncer, segundo a defesa de seu marido. “[O voo da FAB] foi a única forma que havia de retirá-la com segurança e rapidez do país, com a concordância do governo peruano”, afirmou Vieira.
Nadine é esposa de Ollanta Humala, que foi presidente do Peru de 2011 a 2016.
Os dois foram condenados pela Justiça peruana a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro, em um caso envolvendo a construtora brasileira Odebrecht (Novonor) e o governo do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez.
*Com informações de Metrópoles