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Ministro André Fufuca é investigado por abrigar funcionária fantasma na Câmara

TCU analisa ressarcimento de R$ 284 mil aos cofres públicos após ex-deputado nomear comissionada sem efetiva prestação de serviços
15/12/25 às 09:17h
Ministro André Fufuca é investigado por abrigar funcionária fantasma na Câmara

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados.

O atual ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), está no centro de uma nova polêmica envolvendo a nomeação de uma funcionária fantasma, quando ocupava o cargo de quarto-secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. A informação é da coluna de Tácio Lorran, do site Metrópoles.

O caso, que gerou prejuízo estimado em R$ 284 mil aos cofres públicos, agora é objeto de avaliação pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que pode punir os responsáveis pela irregularidade.

A servidora Katiane Ferreira Barboza foi lotada no gabinete de Fufuca entre setembro de 2019 e agosto de 2020 e chegou a receber salário de cerca de R$ 14 mil mensais sem comprovar a efetiva prestação de serviços. Durante o mesmo período, ela acumulava outro cargo no Ministério da Saúde, segundo investigação da própria Câmara dos Deputados.


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Após flagrante de “fraude ao sistema de controle de frequência” e remunerações sem contraprestação laboral, a Câmara instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que concluiu pela irregularidade e encaminhou o caso ao TCU para abertura de uma Tomada de Contas Especial (TCE), procedimento que busca o ressarcimento dos valores pagos indevidamente.

Apesar do parecer da área técnica do TCU sugerir a inclusão do nome de Fufuca no processo por considerar que ele contribuiu para o pagamento indevido, o relator da Corte, ministro Jorge Oliveira, decidiu não o incluir formalmente no polo passivo da TCE. A decisão poupou o ministro de prestar esclarecimentos imediatos sobre o episódio, mas o caso continua em andamento e pode ter novas repercussões.

Parecer da área técnica do TCU é do dia 3 de julho de 2025/ Fonte Metròpoles.

A Procuradoria da Corte de Contas alerta que, se os responsáveis não apresentarem defesa ou forem julgados irregulares, podem ser condenados a ressarcir integralmente o dano aos cofres públicos e sofrer sanções administrativas, incluindo multa.

Procurado, Fufuca ainda não se manifestou oficialmente sobre a investigação e as possíveis consequências da apuração no TCU.

Versões 

Katiane Baborza negou ser funcionária fantasma, ao sustentar que cumpria demandas do parlamentar de forma remota, e afirmou que André Fufuca tinha conhecimento de que ela trabalhava nos dois locais.

Katiane Barboza, por meio de um advogado, apresentou defesa no curso do Processo Administrativo Disciplinar/ Fonte Metròpoles.

No curso da investigação do PAD, a investigada admitiu que errou ao acumular dois cargos e que registrava frequência na Câmara dos Deputados diariamente para, em seguida, cumprir jornada de trabalho no Ministério da Saúde, onde era coordenadora de Assuntos Orçamentários.

André Fufuca também prestou depoimento à comissão. Ele disse que a funcionária dava, sim, expediente na quarta-secretaria, mas que não se recordava do horário de trabalho dela, uma vez que mais de 30 pessoas trabalhavam na repartição.

O deputado negou que soubesse que a subordinada acumulava cargo no Ministério da Saúde, que não era responsável por passar trabalhos a Katiane e que poucas vezes teve contato com ela.

 

Antes de prestar depoimento à Câmara dos Deputados, André Fufuca encaminhou documento à Comissão de Processo Administrativo Disciplinar falando que nomeação de Katiane atendia a um pedido da Liderança do PP/ Fonte Metròpoles.

Com a conclusão do PAD, ela recebeu a punição de destituição de cargo em comissão, ou seja, não pode mais ocupar cargo público.

No relatório final, Comissão de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) da Câmara dos Deputados afirma que Katiane não comprovou ter trabalhado para a Casa/ Fonte Metròpoles

 

*Com informações da coluna de Tácio Lorran, do Metrópoles.