Está em tramitação no Senado Federal a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que, se aprovada, impedirá que governantes concorram à reeleição para cargos do Executivo. Em entrevista exclusiva à Rede Onda Digital, o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) declarou ser favorável à proposta, destacando que, em sua visão, esse é o caminho para garantir a renovação na política brasileira.
Amom afirmou que o atual sistema cria um ciclo vicioso de poder, com os mesmos nomes se perpetuando nos cargos. Para ele, a proposta é fundamental para oxigenar a política, seja no âmbito municipal, estadual ou federal.
“Sou a favor. O fim da reeleição para cargos do Executivo é um passo necessário para sairmos do ciclo viciado de governantes que pensam mais em campanha do que em gestão. Com mandato de cinco anos e eleições unificadas, a gente reduz o custo da máquina pública, diminui a tensão política constante e força quem é eleito a trabalhar de verdade, sem plano B para continuar no poder”, declarou.
Atualmente, a proposta está parada no Senado Federal. Apesar de já ter sido aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ainda precisa ser votada no plenário da Casa.
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Questionado sobre como votaria caso a proposta chegasse à Câmara dos Deputados, Amom foi direto: votará a favor da PEC, pois defende um modelo político diferente do atual.
“Vou votar a favor. Sempre defendi um modelo político que estimule a alternância no poder e a responsabilidade no mandato. Essa proposta vai nessa direção. É claro que ainda precisa de ajustes, principalmente para evitar que se crie algum tipo de privilégio disfarçado, mas a ideia central está correta”, afirmou o parlamentar.
Ex-candidato à Prefeitura de Manaus, Amom acredita que a aprovação da proposta beneficiará a população, ao incentivar que os governantes se dediquem integralmente ao mandato de cinco anos, sem se preocupar com a reeleição.
“Vai beneficiar o país. Quem governa pensando no povo não precisa de reeleição. Essa PEC acaba com a obsessão por se manter no poder e foca na entrega. Quem se elege vai ter cinco anos para mostrar resultado. Depois, dá lugar a outro. Isso é saudável para a democracia, para o planejamento de políticas públicas e para reduzir a contaminação da gestão por interesses eleitorais”, finalizou.