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Amom critica aprovação do projeto que restringe acesso de meninas estupradas ao aborto legal

Deputado explicou ausência na votação, mas disse que é contra a forma como o projeto foi encaminhado e aprovado
07/11/25 às 12:38h
Amom critica aprovação do projeto que restringe acesso de meninas estupradas ao aborto legal

O deputado federal Amom Mandel (Cidadania) criticou, nesta sexta-feira (7), durante entrevista na Rede Onda Digital, a aprovação pela Câmara Federal do projeto de lei que dificulta o acesso de crianças estupradas ao aborto legal. O projeto, apelidado agora de “PL da Pedofilia”, terá uma segunda rodada de votação, desta vez dos destaques, na próxima semana.

“Aborto é uma pauta para ser enxergada de maneira técnica. Quando polarizam, colocando aborto para crianças estupradas como se elas fossem malvadas. Estão usando a exceção para definir a regra”, ponderou Amom.

Para o deputado, restringir o direito de uma menina estuprada ter informações sobre o direito dela de abortar um filho de um abuso sexual é uma forma de novamente violentá-la. Ele citou ainda o caso de uma criança do Amazonas, que era estuprada pelo padrasto com a conivência da mãe.

“Se dependesse dessa mãe para que a criança pudesse receber apoio, informações e acolhimento, ela seria condenada a nova violência”, defendeu o deputado.

 


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Por que não votou na Câmara?

À Rede Onda Digital, o parlamentar explicou que não participou da votação porque estava com rotavírus e havia participado de uma longa sessão de votações.

“Foram doze horas de votação e eu tive que sair porque estava com rotavírus e o presidente (Hugo Mota) só colocou esse projeto para votação de supetão e no fim destas doze horas”, disse o deputado, acrescentando que pretende participar da votação dos destaques, marcada para a próxima semana antes do projeto seguir para o Senado Federal.

Sobre a possibilidade de os destaques mudarem o projeto, ele argumenta que há um número limitado, mas de modo geral, eles podem melhorar o projeto, ou piorar. “Por isso vou aguardar para ver como essa situação ficará“, disse.